A visita da equipa da OMS ao Instituto de Virologia de Wuhan faz parte da missão para reunir dados e pistas sobre a origem e a disseminação do vírus.
Jornalistas estrangeiros acompanharam a equipa até à instalação de alta segurança, mas tal como em visitas anteriores, não houve acesso direto aos investigadores, que deram poucos detalhes sobre a pesquisa em Wuhan, até à data.
Guardas de segurança em uniforme e à paisana ficaram de vigia, mas não havia sinal dos trajes de proteção que os membros da equipa usaram na terça-feira, durante uma visita a um centro de pesquisa de doenças animais.
O instituto, que é um dos principais laboratórios de pesquisa de vírus da China, construiu um arquivo de informações genéticas sobre coronavírus em morcegos, após o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave, em 2003.
Isto levou a alegações de que a covid-19 pode ter vazado daquelas instalações, teoria promovida pelo anterior presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que dizia ter "fortes indícios", mas que nunca apresentou qualquer prova..
Os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados em Wuhan, no final de 2019.
A China negou veementemente essa possibilidade. O Governo chinês promoveu teorias de que o surto pode ter começado com a importação de frutos do mar congelados contaminados com o vírus, uma ideia totalmente rejeitada por cientistas e agências internacionais.
O vice-diretor do instituto é Shi Zhengli, um virologista que trabalhou com Peter Daszak, zoólogo na equipa da OMS, para rastrear as origens da SARS, que teve origem na China e levou ao surto de 2003.
Shi publicou estudos em revistas académicas e trabalhou para refutar as teorias defendidas por Trump de que o vírus é uma arma biológica que vazou do laboratório do instituto.
Depois de duas semanas em quarentena, a equipa da OMS, que inclui especialistas de 10 países, visitou hospitais, institutos de pesquisa e um mercado de frutos do mar ligado a muitos dos primeiros casos.
Determinar a origem de um surto requer uma grande quantidade de pesquisas, incluindo amostras de animais, análises genéticas e estudos epidemiológicos.
Uma possibilidade é que um caçador de animais selvagens tenha passado o vírus para comerciantes, que o levaram para Wuhan.
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