“Todo o conteúdo do YouTube precisa seguir as diretrizes da comunidade”, disse a plataforma de vídeo, num comunicado divulgado na noite de quarta-feira.
A rede social suprimiu os canais “Terça Livre TV” e “Terça Livre Live”, criados por Allan dos Santos, militante de extrema-direita que já atuou como porta-voz da ala mais radical de um movimento que tem sido chamado de ‘bolsonarismo’ e que começou a ganhar notoriedade desde a campanha para as eleições presidenciais de 2018, que levaram Bolsonaro ao poder.
O YouTube sublinhou na nota que também se reserva o “direito de restringir a criação de conteúdo de acordo com os seus próprios critérios”.
“No caso de uma conta ficar restrita na plataforma ou impossibilitada de utilizar algum dos nossos recursos, o criador”, neste caso Allan dos Santos, “não poderá utilizar outro canal para contornar essas penalizações”, afirmou o YouTube.
O ‘blogger’ é, juntamente com outros aliados do Presidente brasileiro, um dos investigados pela suposta organização de manifestações rotuladas de “antidemocráticas” pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
Nesses eventos, aos quais o próprio Bolsonaro compareceu ocasionalmente no ano passado, foram promovidas ideias em favor do “fechamento” Congresso, do Supremo Tribunal Federal e uma intervenção militar que seria liderada pelo atual chefe de Estado.
As autoridades brasileiras, com a permissão do Supremo Tribunal Federal, iniciaram uma investigação na época para descobrir quem está por trás da organização e do financiamento desses protestos.
Desde então, a Polícia Federal vem realizando procedimentos, como buscas em casa de parentes do governante e a prisão temporária de alguns ativistas de extrema-direita, a fim de reunir provas para a conclusão da investigação.
Allan dos Santos também teve a sua conta no Twitter suspensa, embora tenha criado outra que continua ativa.
Após o início das investigações, o ‘blogger’ anunciou, numa transmissão ao vivo pelas redes sociais, que ia deixar o Brasil para se mudar para os Estados Unidos.
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