Em comunicado, a ZERO afirma que se se mantiver o plano de investimentos do plano estratégico para os resíduos urbanos até 2025 (PERSU 2020+), irá "com caráter de urgência, apresentar uma queixa à Comissão Europeia", mas antes quer pedir uma reunião com o Ministério do Ambiente.
Em causa estão 500 milhões de euros de investimento, 40% dos quais irão para a queima de resíduos, representando 500 mil toneladas por ano, enquanto 60% se destinam a reciclar mais 1,75 milhões de toneladas em seis anos.
Face a "exigentes metas" fixadas na Europa e "baixíssimos níveis de cumprimento das metas atuais", os ambientalistas defendem que "todos os recursos financeiros disponíveis" deviam ir para a recolha seletiva e reciclagem, incluindo os resíduos orgânicos, que para isso precisariam de unidades de tratamento biológico que os recebam.
A proposta que está em consulta pública "é inqualificável", considera a ZERO, que assinala a "propaganda que Portugal e, em particular, o Ministério do Ambiente e Transição Energética tem feito sobre Economia Circular".
Continuando a queimar 40% dos resíduos, o Governo prepara-se para "queimar Economia Circular" e vai "canibalizar o potencial dos resíduos urbanos" para Portugal conseguir reduzir as emissões poluentes de gases de efeito de estufa e chegar à neutralidade carbónica, conclui a ZERO.
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