Treze anos e quatro Jogos depois, Tom Daley venceu a tão desejada medalha de ouro. E conseguiu-o ao lado do estreante Matty Lee, surpreendendo a dupla chinesa Chen Aisen e Cao Yuan, favorita a uma terceira medalha de ouro.
Os britânicos somaram 471,81 pontos na final, enquanto Cao Yuan e Chen Aisen ficaram nos 470,58, tendo ambos de se contentar com a medalha de prata. O bronze foi para Alexsandr Bondar e Viktor Minibaev, do Comité Olímpico da Rússia, que alcançaram 439,92 pontos.
Com a subida ao pódio, as lágrimas, e na conferência de imprensa, uma forte mensagem. Na bagagem, uma luta pela 'dourada' e pelos direitos da comunidade LGBT. Recorde-se que Daley foi bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, na competição individual, em 2012, e no Rio de Janeiro, em 2016.
"Sinto-me orgulhoso por dizer que sou homossexual e também campeão olímpico. Quando era jovem pensava que não podia alcançar nada por ser quem era. Ser campeão olímpico mostra que nós conseguimos fazer tudo", disse Daley.
"Nestes Jogos há mais atletas assumidamente homossexuais do que noutros no passado. Eu assumi-me como tal em 2013 e quando era jovem sempre senti que estava sozinho, que era diferente e que não encaixava na sociedade. Sentia que havia algo em mim que nunca seria tão bom quanto os outros queriam que fosse. Espero que todos os jovens LGBT possam ver que, mesmo que se sintam sozinhos agora, não estão efetivamente sozinhos. Podem conseguir tudo", acrescentou o campeão olímpico.
O atleta britânico volta a saltar no próximo sábado, às 7h00 em Portugal continental, agora na competição individual, nos 10 metros masculinos.
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