Em agosto, um ano antes dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, a capital japonesa recebeu os Mundiais de judo, onde Jorge Fonseca ‘brilhou’, ao sagrar-se campeão do mundo em -100 kg, num dos destaques de 2019 no desporto nacional.
Com 26 anos, após recuperar de um tumor, o judoca do Sporting tornou-se o primeiro português a ganhar uma medalha de ouro em Mundiais, num torneio frutuoso para Portugal, com Bárbara Timo a conquistar a prata em -70 kg, aos 20 anos, depois de ter vencido o Grande Prémio de Tbilissi meses antes.
Em Barcelona, a seleção masculina de hóquei em patins voltou a sagrar-se campeã do mundo, ao bater a Argentina para conquistar o 16.º título, o primeiro desde 2003.
Em março, o campeão olímpico em Pequim2008 no triplo salto, Nelson Évora, deu mais um sinal de longevidade, ao conquistar, então com 34 anos, a quarta medalha em Europeus, a terceira em pista coberta, a que se juntam outras seis em Mundiais, com a prata por um salto de 17,11 metros.
Évora chegará a Tóquio para novos Jogos com a concorrência interna do naturalizado Pedro Pablo Pichardo – novo dono do recorde nacional -, num ano em que ambos competiram na Liga Diamante, e terá novo teste à sua ‘eternidade’ no desporto.
No calor do Qatar, o único português medalhado nos Mundiais de atletismo foi João Vieira, que superou os seus registos anteriores em Mundiais com a medalha de prata nos 50 km marcha, atrás apenas do japonês Yusuke Suzuki.
Aos 43 anos, o atleta de Rio Maior tornou-se ainda o mais velho atleta a vencer uma medalha em Mundiais, apurando-se para novos Jogos Olímpicos, que vai disputar já com 44.
No futebol de praia, a seleção liderada pelo ‘veterano’ Madjer e por Jordan Santos, eleito melhor jogador do mundo, recuperou o título mundial no torneio do Paraguai, quatro anos depois de o ter conquistado em Espinho.
O 6-4 à Itália na final permitiu à equipa comandada pelo selecionador Mário Narcios, também vencedora nos Jogos Europeus, manter o domínio português com o pé, ao lado do futsal e do futebol, em ambos os casos campeões da Europa.
Na canoagem, Fernando Pimenta ‘carregou’ as aspirações portuguesas nos Mundiais de Szeged, na Hungria, e acabou com duas medalhas, ambas de bronze, em K1 1.000 e 5.000 metros, numa competição que apurou cinco outros atletas para Tóquio2020.
José Ramalho foi medalha de prata noutro campeonato do mundo de canoagem, desta feita de maratonas, naquela que foi a quinta medalha na prova para o hexacampeão europeu.
No capítulo das estreias, nota para o ténis de mesa, que conseguiu a primeira medalha de sempre para Portugal no feminino nos Europeus de Nantes, conseguindo a prata, o mesmo feito da formação masculina.
Também Maria Martins conseguiu a primeira medalha feminina para Portugal em Europeus de ciclismo de pista, com um bronze no ‘scratch’ em Apeldoorn, na Holanda, em outubro, numa época em que se colocou em boa posição para estar me Tóquio2020.
Na cidade inglesa de Manchester, Rui Bragança arrecadou o bronze no Mundial de taekwondo, em maio, juntando esta à prata de 2011 e a dois títulos europeus, em 2014 e 2016, enquanto João Pereira foi segundo nos campeonatos da Europa de triatlo, em Weert, na Holanda, no mês seguinte, um ano depois de ter sido campeão europeu.
No andebol, Portugal apurou-se para o Europeu de 2020, um regresso após 14 anos de ausência, e foi às meias-finais do Mundial sub-19.
No voleibol, Portugal voltou a um campeonato da Europa, o primeiro desde 2011, mas venceu apenas um dos cinco jogos, num ano em que foi 15.º na Liga das Nações e foi despromovido à Challenger Cup, em masculinos, enquanto as femininas perderam os cinco jogos no Europeu.
Já em dezembro, a fechar o ano, mais um bronze em Europeus, neste caso em ‘casa’, com a equipa feminina de corta-mato a conseguir a medalha no Parque da Bela Vista, mesmo só com três elementos, Dulce Félix (oitava), Carla Salomé Rocha (10.ª) e Susana Francisco (25.ª), tal como Mariana Machado, na competição de sub-20.
Gustavo Ribeiro conquistou a medalha de bronze no Mundial de ‘street skate’, em São Paulo, em setembro, enquanto Frederico Morais assegurou o regresso à elite do surf mundial, ao vencer o circuito de qualificação, no ano anterior à estreia das duas modalidades em Jogos Olímpicos.
No motociclismo, Miguel Oliveira abriu um novo capítulo histórico para Portugal, ao competir no Mundial de MotoGP, acabando a época de estreia em 17.º, com 33 pontos, mesmo falhando os últimos três grandes prémios devido a uma lesão num ombro.
O ano fica também marcado pela segunda edição dos Jogos Europeus, que decorreram em Minsk e renderam 15 medalhas, três de ouro, mas também o título mundial júnior de Ernesto Silva na patinagem artística, as nove medalhas nos Europeus de ginástica acrobática e os 28 atletas apurados para Tóquio2020.
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