Até ao final do mês, a ‘briosa’ vai ter de se defender da ação interposta em meados de fevereiro por José Eduardo Simões, que reclama ser credor de dois milhões de euros a título de empréstimos pessoais efetuados à instituição entre 2003 e 2016.
A direção da Académica, liderada por Paulo Almeida desde junho do ano passado, pretendia ir mais além e apresentar uma ação reconvencional a exigir ao antigo presidente os montantes recebidos do clube, por considerar "que José Eduardo Simões não tem título legítimo para receber empréstimo".
"Não há fundamento legítimo para a exigência desse pagamento, seja a que título for", disse o presidente da ‘briosa’, referindo que não existe nenhuma deliberação dos sócios do clube a autorizar os empréstimos de José Eduardo Simões.
Por outro lado, Paulo Almeida considerou que o montante reclamado pelo antigo dirigente não deve ser devolvido "por ter origem ilícita", numa alusão ao processo que levou à condenação de José Eduardo Simões por corrupção passiva.
À agência Lusa, o presidente da Académica disse que a direção vai estudar melhor tecnicamente a apresentação de um pedido reconvencional para que o antigo presidente devolva as verbas recebidas do clube, apesar de avançar já com a contestação à ação interposta pelo ex-dirigente.
Vários sócios contestaram a posição da atual direção por solicitar o agendamento de uma assembleia extraordinária para pedir autorização para avançar judicialmente contra José Eduardo Simões e depois ter retirado a proposta quando da sua discussão.
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