"Sentimos que os clubes da II Liga foram marginalizados e as consequências desta decisão são irreparáveis: direitos de televisão, transferências e até a verdade desportiva", considera a ‘briosa’, em comunicado enviado à agência Lusa.
A direção liderada por Pedro Roxo não concorda com a decisão do Governo, salientando que o clube, os associados e adeptos, parceiros, patrocinadores, jogadores e trabalhadores saem "lesados com a não continuação da competição".
Para a Académica, a decisão anunciada retirou aos ‘estudantes’ “legítimas expectativas” e prejudicou “gravemente" o clube.
"Temos todas as condições, humanas e físicas, para assegurar o cumprimento das normas da Direção Geral da Saúde no que à realização de jogos diz respeito", frisa o clube.
No comunicado, a ‘briosa’ demarca-se também de um comunicado de vários clubes da II Liga, que agradeceram o empenho dos presidentes da Federação Portuguesa de Futebol (FFP), Fernando Gomes, e da Liga de Clubes, Pedro Proença, face à suspensão do campeonato devido à pandemia da covid-19.
No entanto, salienta que, ao longo das últimas semanas, contribuiu "com todos os clubes das ligas profissionais para tentar arranjar uma solução que permitisse a conclusão da I e II Ligas" de futebol.
O Governo autorizou na quinta-feira a retoma à porta fechada da I Liga, a partir de 30 e 31 de maio, mais de dois meses após a suspensão decretada em 12 de março, e a final da Taça de Portugal, entre FC Porto e Benfica, mas a II Liga não recebeu ‘luz verde' para poder retomar a competição.
Cumpridas 24 jornadas, de um total de 34, o Nacional (50 pontos) e o Farense (48) estavam em lugar de subida, com a Académica em sétimo (35), enquanto o Cova da Piedade (17) e o Casa Pia (11) seguiam em posição de descida, sendo que, hoje, a FPF indicou o Vizela e o Arouca para subirem do Campeonato de Portugal, competição também dada por terminada, à II Liga.
Com a declaração de pandemia, em 11 de março, inicialmente alguns eventos desportivos foram disputados sem público, mas, depois, começaram a ser cancelados, adiados - nomeadamente os Jogos Olímpicos Tóquio2020, o Euro2020 e a Copa América - ou suspensos, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais de todas as modalidades.
Os campeonatos de futebol de França e Holanda foram, entretanto, cancelados, enquanto países como Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal preparam o regresso à competição.
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