Na quarta-feira, a FPF e a LPFP anunciaram que tinham assinado um memorando de entendimento que visa criar uma sociedade, nos próximos meses, “tendo como único propósito” a “gestão do processo de negociação centralizada dos direitos de transmissão televisiva nas competições profissionais”.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Altice Portugal afirmou: “O único comentário que podemos fazer neste momento é que desconhecemos o teor do MoU [memorando de entendimento] assinado entre as duas entidades”.
A dona da Meo tomou “apenas conhecimento do mesmo, através das notícias veiculadas pela comunicação social”, adiantou a mesma fonte.
“Os nossos contratos estão em vigor”, salientou fonte oficial da Altice Portugal.
Instada a comentar pela Lusa, a Vodafone Portugal escusou-se a fazer comentários. Também a Sport TV não comenta o tema.
A Lusa contactou a NOS, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
A Sport TV é detida pela Meo (Altice Portugal), NOS e Vodafone em partes iguais (25%), sendo que os restantes 25% pela Olivedesportos SGPS.
“A FPF e a LPFP consideram que a gestão centralizada dos direitos de transmissão televisiva constitui uma ferramenta nuclear para um desenvolvimento acelerado do futebol profissional em Portugal”, lê-se no comunicado divulgado no ‘site’ oficial da FPF, acrescentando que este trabalho “terá, como não poderia deixar de ser, o permanente envolvimento das sociedades desportivas participantes nas competições”.
Os dois organismos que regem o futebol e as competições profissionais da modalidade “acreditam que, no limite, até 2027/2028, esta transformação estará concluída”.
“Estamos muito satisfeitos por formalizarmos com a LPFP um acordo que visa concluir, até à época 2027/28, a centralização dos direitos televisivos. A sustentabilidade e o desenvolvimento do futebol nacional no seu todo estão intimamente ligados a esta negociação. Parece-nos que este é um sinal da irrevogável vontade da FPF e da LPFP concluírem este processo e trabalharem em conjunto para apresentar melhores soluções para o futebol nacional”, referiu o presidente da FPF, Fernando Gomes.
Também Pedro Proença, presidente da LPFP, deu conta da satisfação com o acordo.
“A assinatura deste memorando de entendimento é um passo determinante no caminho de crescimento e sustentabilidade do futebol português e a prova do alinhamento estratégico existente entre a LPFP e a FPF em relação aos modelos de comercialização dos direitos audiovisuais em Portugal”, assinalou Proença.
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