O líder ‘arsenalista’ revelou ter recebido uma mensagem do presidente ‘leonino’ a dar conhecimento da contratação, a partir da próxima época, pelo Sporting do defesa central dos minhotos, que estava em final de contrato com o Braga e que, entretanto, tinha sido relegado para equipa B pelo treinador Jorge Simão, e deu o exemplo de como atuou com o Marítimo na contratação de Dyego Souza, um atleta em idênticas circunstâncias.
“Fiz um telefonema ao presidente do Marítimo e disse-lhe que queria contratar o Fransérgio e que ele tinha um jogador que se não o vendesse até final de janeiro passaria a ser jogador livre. Em vez de perder o Dyego livre, poderia ficar com uma parte do passe. E foi fácil chegar a acordo com o Marítimo. O que outros fizeram ao Braga, através do André Pinto, eu não queria fazer ao Marítimo. Sei o quanto custa e o quando dói”, disse.
Revelando ter tentado renovar com André Pinto durante um ano, notou que o Sporting “está no seu legítimo direito porque a lei assim o permite”.
“Mas, se me pergunta, sim, fiquei magoado com o presidente do Sporting”, sublinhou.
Também com o FC Porto houve uma polémica no ‘mercado’ de janeiro a propósito do médio Assis, tendo António Salvador relembrado que os ‘dragões’ se envolveram no negócio já depois de um acordo dos bracarenses com o Desportivo de Chaves e o jogador.
"Na altura, recebi um telefonema do presidente do FC Porto [Pinto da Costa]. Ele achava que tinha sido o Braga a colocar uma notícia a circular sobre a pessoa que estava a intermediar o negócio. Disse-lhe que não tinha sido o Braga e que se alguém tinha de estar chateado era o Braga porque já tinha um acordo com o jogador e com o Chaves quando o FC Porto apareceu. Mas da minha parte não há nenhum tipo de problema, acho que da parte dele também não", afirmou.
O dirigente também não ficou satisfeito com o presidente da Câmara Municipal de Braga, nomeadamente com a ausência do autarca da final da Taça da Liga, realizada no Algarve, que o Braga perdeu, no domingo, para o Moreirense (1-0), e com as críticas que Ricardo Rio fez à exibição da equipa, considerando que "faltou atitude" e que "a equipa não esteve à sua altura".
António Salvador referiu não saber "em que sentido" é que essas palavras foram proferidas "porque foram feitas a centenas de quilómetros da final".
"Gostava que ele tivesse estado lá, a apoiar o clube mais representativo da cidade, o maior embaixador da cidade, à semelhança do que fez o seu colega de Guimarães", apontou.
Salvador reforçou o desejo de ser campeão nacional de futebol nos próximos quatro anos, passando o plano por conseguir manter uma equipa base.
"Eu acredito nisso, mas também sei que é muito difícil. Não posso prometer que vou ser campeão, porque no desporto não se pode dizer isso, mas há uma grande ambição de ganhar no clube", afirmou.
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