O Sporting de Braga vem de uma pesada derrota (5-0) diante dos ‘leões’, há 10 dias, que o afastou da ‘final four’ da Taça da Liga, e defronta um Benfica, que apesar de também não ter seguido em frente na mesma prova, lidera o campeonato invicto e ainda não perdeu qualquer dos 28 jogos que já realizou em provas oficiais esta temporada.
O “resultado pesado e atípico” com o Sporting não deixou ninguém “indiferente” no Sporting de Braga, a começar pelo treinador, admitiu, em conferência de imprensa.
“Tivemos um jogo muito mau que nos deixou marcas, a mim, aos jogadores, a toda a estrutura e aos que gostam do Braga, mas temos que ser capazes de trabalhar em cima dessas marcas. É um resultado que não pode deixar indiferente a quem tem caráter, temos que ficar feridos, mas temos que reencontrar-nos e superar esse jogo menos conseguido e sermos iguais a nós próprios, como não fomos nesse jogo. Espero um bom desafio entre duas das melhores equipas do campeonato e que a minha equipa possa ser a mais competente e ganhar”, declarou.
Questionado sobre se infligir a primeira derrota ao Benfica esta época pode ser um fator motivacional extra, o treinador disse que jogar pelo Sporting de Braga tem que ser uma motivação em todos os jogos.
Artur Jorge deixou muitos elogios ao Benfica — “vai ser um jogo de exigência máxima, vamos ser postos à prova de forma total” -, mas lembrou que a equipa ‘encarnada’ foi eliminada da Taça da Liga após o empate 1-1 com o Moreirense, da II Liga, para dizer “que há jogos que não correspondem às expectativas”.
“O Benfica é uma equipa fortíssima, os números falam por si. Está invicto em provas oficiais, está recheado de bons valores individuais e é muito forte coletivamente também. Estamos à espera de um Benfica forte. Tem sido muito competente no campeonato, mas na Taça da Liga foi eliminado na fase de grupos em que era claramente favorito empatando um jogo contra uma equipa teoricamente inferior”, lembrou.
A experiência como jogador em muitos jogos entre as duas equipas pode ser útil, mas apenas “na parte emocional”, referiu.
“Os tempos são diferentes, as equipas e os contextos também, mas essa experiência serve para saber que não há equipas imbatíveis e podemos sempre fazer o que queremos”, disse.
Ricardo Horta esteve no ‘radar’ do Benfica no último defeso, num negócio que não se concretizou muito por causa do Málaga, que reclama uma percentagem significativa numa eventual venda do internacional português.
“O Ricardo Horta voltou aos jornais nos últimos dias, agora é o Málaga, andamos nisto há tempo suficiente para saber que não é por acaso. Se eu fosse o Ricardo Horta, isto traria uma motivação acrescida de poder demonstrar a minha real capacidade e o meu valor para fazer a diferença amanhã [sexta-feira]”, afirmou.
O treinador lembrou ainda os tempos em que no antigo Estádio 1.º de Maio havia “mais adeptos do Benfica do que do Braga”.
“Nesta altura, face ao que o Braga cresceu, a luta pelos lugares cimeiros, os títulos, estar consecutivamente nas competições europeias, isso faz com que haja uma massa adepta mais fiel e só com um sentido, o de apoiar o Sporting de Braga”, disse.
Sporting de Braga, terceiro classificado, com 28 pontos, e Benfica, primeiro, com 37, defrontam-se a partir das 21:15 de sexta-feira, no Estádio Municipal de Braga, num jogo que será arbitrado por João Pinheiro, da associação de Braga.
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