O anúncio foi feito pelo presidente da APAF, Luciano Gonçalves, após uma reunião de mais de duas horas e meia na Batalha, no distrito de Leiria, que juntou 37 árbitros e 26 núcleos nacionais para discutir o aumento das agressões a agentes de arbitragem nas mais diversas competições de futebol e futsal.
"A principal exigência é o policiamento em todos os escalões para que os árbitros se sintam seguros e fique sempre salvaguardada a verdade desportiva em todos os jogos", disse o presidente da APAF aos jornalistas.
O dirigente adiantou ainda que a APAF vai solicitar reuniões com caráter de urgência à Federação Portuguesa de Futebol, Liga Portuguesa de Futebol Profissional e associações distritais para apresentar a sua proposta.
"Os árbitros para puderem desempenhar as suas funções de uma forma tranquila precisam de segurança como qualquer um de nós nas nossas atividades e profissões. Precisam de estar tranquilos, é isso simplesmente que a arbitragem pede", sublinhou Luciano Gonçalves.
Apesar de dizer que todos os cenários estão em cima da mesa, o presidente da APAF salientou que a principal medida é o diálogo, acreditando que assim vão conseguir as suas exigências, "que são mais do que óbvias e claras".
"Acreditamos que não é preciso partir para outros caminhos", frisou.
Quanto aos custos resultantes do policiamento em todos os escalões, Luciano Gonçalves disse que devem ser suportados pelos clubes e, em maior percentagem, pelo Ministério da Administração Interna.
"Será que algum custo paga o que os árbitros têm estado a sofrer nestes meses", questionou o dirigente desportivo, considerando que foi "um erro" ter deixado cair em 2012 o policiamento obrigatório em todos os escalões.
Sem imputar responsabilidades ao Estado, o presidente da APAF diz que se vive um "clima de impunidade que nos deve envergonhar a todos" e apelou aos dirigentes dos clubes de futebol para que "deem aos árbitros aquilo de que gostam e querem que os seus jovens jogadores tenham nos seus centros de treino".
Comentários