“O Uruguai tem um ponto. Não sabemos se vem à procura de pressionar mais alto ou se vem dar mais iniciativa de jogo. É diferente do Gana e é estar preparado para qualquer cenário. Podem dar iniciativa e no final arriscar, ou começar logo a pressionar. Reagir da melhor maneira às dificuldades que nos puserem”, declarou Bernardo Silva, durante a conferência de imprensa de antevisão ao jogo de segunda-feira, no Estádio Lusail.
Contudo, independentemente da forma como a equipa de Diego Alonso se vai apresentar, o jogador do Manchester City, de Inglaterra, confia na base até aqui construída pelos lusos.
“A base que esta seleção tem vindo a construir é a base correta para chegarmos longe nesta competição. Seguimos confiantes com o trabalho que temos feito”, expressou.
O médio sul-americano Fede Valverde, que se notabilizou ao serviço do Real Madrid, mereceu elogios do português, que destacou as suas qualidades.
“Um jogador difícil de travar, que trabalha muito para a equipa, muito forte fisicamente e que conhecemos bem. Atualmente é um dos melhores médios do mundo, não só com bola, mas também sem bola, porque faz movimentos de sacrifício para criar espaços para os companheiros. Obviamente que pode criar algumas dificuldades”, analisou.
Por fim, deu o mote para anular as adversidades uruguaias, nomeadamente quando Portugal perder, eventualmente, a posse de bola.
“[Precisamos] de segurança na circulação, de ter reação à perda, saber que estamos a atacar e, se perdemos a bola, controlar os jogadores que estão nas costas, que são perigosos e que podem causas danos”, concluiu.
“Derrotas que tivemos no passado serviram para aprender”
“O que acho é que as derrotas que tivemos no passado serviram para aprender e para tentar não cometer os mesmos erros. Aquilo que vi neste primeiro jogo contra o Gana, como também contra a Nigéria, foi uma seleção portuguesa que tem conseguido controlar os momentos do jogo, que não aconteceu contra Sérvia [na última jornada da fase de apuramento]”, disse o jogador dos ingleses do Manchester City, à comunicação social.
Um dos indiscutíveis para o selecionador luso falava em conferência de imprensa, na antevisão ao duelo com os uruguaios, no Centro Nacional de Congressos do Qatar, em Doha, onde explicou que a sua prioridade é o coletivo.
“Tento responder dentro de campo ao que o jogo pede. Se sinto que a minha equipa precisa mais de mim para dar apoio aos centrais para sair a jogar, eu faço. Se este jogo com o Uruguai me pedir coisas diferentes, eu vou fazer. Fiquei satisfeito com a minha exibição contra o Gana e nos momentos em que a equipa precisou, eu acho que estive lá”, argumentou.
Depois, deixou claro que “é pouco relevante” se faz “menos ‘cabritos’, fintas, golos e assistências”, visto que quer “é que a seleção ganhe”.
No dia de hoje foi relevado que Danilo Pereira sofreu uma lesão nas costelas no treino de sábado e Bernardo Silva não ficou indiferente, considerando que a infelicidade do médio do Paris Saint-Germain servirá de motivação para a equipa.
“É uma situação infeliz. Estamos tristes pela equipa, por ele, porque é importante e acaba por não poder jogar. Mas temos todas as armas para quem jogar poder ajudar. É mais uma motivação para a seleção ganhar. Para além de ser um grande jogador, é uma grande pessoa. Gostamos muito de o ter no balneário”, lamentou.
A equipa das ‘quinas’ defrontará o Uruguai na segunda-feira, às 22:00 locais (19:00 em Lisboa), e a Coreia do Sul, de Paulo Bento, em 02 de dezembro, pelas 18:00 (15:00).
A 22.ª edição do Campeonato do Mundo decorre até 18 de dezembro, no Qatar.
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