A convicção é do treinador ‘axadrezado’, Jorge Simão, e foi transmitida durante a sua antevisão de mais um dérbi portuense, com uma referência aos “54 confrontos” que os dois rivais realizaram no reduto portista e nos quais o Boavista apenas “conseguiu vencer duas vezes”.
“É um facto, não é um dado, o que realça a dificuldade que é jogar naquele campo”, frisou o técnico.
Jorge Simão disse que “gostava” de jogar de ‘peito aberto’ no Estádio do Dragão, mas considera que tal não depende só da sua equipa. “Depende também da força que o FC Porto nos possa opor”, avaliou.
“O FC Porto, esta temporada, no Estádio do Dragão, só a uma equipa é que não fez golos (Benfica), ao Tondela só fez um e todos os outros adversários sofreram alguns ou muitos golos. Portanto, tenho a convicção de que, para conseguimos um resultado positivo, vamos ter de fazer golos ou um golo”, sustentou.
O treinador do Boavista disse esperar um desempenho de acordo com o que foi a preparação da sua equipa, insistindo que pode muito bem a “vir a ser condicionado pela força que o Porto poderá apresentar”.
Jorge Simão acrescentou que não é a derrota com o Paços de Ferreira (1-0), na ronda anterior, que vai levar o FC Porto a mudar a sua forma de jogar, considerando que o treinador portista tem feito um “trabalho meritório, à vista de todos”.
“Vamos ter de fazer golos para trazer um resultado positivo”, repetiu.
Jorge Simão disse que seria “louco” dizer que “empatar no Estádio do Dragão era um mau resultado”, mas afirmou, igualmente, que prefere “ter a possibilidade de disputar o jogo e de o ganhar”.
“No fim, se conseguir um ponto, poderá até ser bom ou não ser nada de extraordinário, consoante o que foram os acontecimentos”, explicou, frisando: “O objetivo é disputar o jogo para tentar ganhar”.
O treinador do conjunto portuense disse ainda subscrever completamente a opinião de que há uma crescente desigualdade de meios entre as equipas da I Liga, com reflexos diretos na classificação.
“Por mais voltas que se queira dar, a tabela classificativa, salvo raras exceções, é o reflexo dos orçamentos. Equipas com maior poder financeiro vão estar sempre à frente de equipas com menor poder financeiro. Quando se acentuam estas diferenças, obviamente que a tabela classificativa reflete aquilo a que se está a assistir”, apontou.
O treinador referiu ainda que jogar com “um adversário que é melhor, não há que escondê-lo, faz evoluir”.
“Preferia jogar contra equipas destas todas as semanas, equipas melhores do que nós. Eu preferia e acho que os jogadores também”, reforçou.
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O FC Porto, líder, com 67 pontos, recebe, sábado, às 20:30, o Boavista, sexto, com 36, para a 27.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
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