Não podia ser diferente do que aconteceu nos playoffs de acesso aos Campeonatos do Mundo de 2010, na África do Sul, ou de 2014, no Brasil. Fernando Santos sabia-o e chutava os medos com a garantia dada de que Portugal, mais uma vez, ia estar no Mundial.

As promessas de Fernando Santos enamoraram o país desde o Euro 2016, quando o engenheiro disse que só voltava para Portugal no final da competição e que seria recebido em festa. Cumpriu-a, naquele que foi o primeiro título da história do escalão A da seleção nacional, e agora o país cobra-lhe tudo aquilo que pode, entre contentamentos de títulos, somou-se a Liga das Nações ao Europeu, e dos desalentos que foram as saídas prematuras do Mundial de 2018 e do Euro 2020, amarguras etiquetadas com um futebol pouco atrativo e ofensivo perante um leque de jogadores de classe mundial.

Chegar ao Qatar não se afigurava fácil. Depois do balde de água fria que foi a derrota por 1-2 no estádio da Luz, diante da Sérvia, o caminho para o Campeonato do Mundo, que se realiza no final deste ano, era tudo menos simples. Se em 2010 tivémos Bósnia Herzegovina no caminho e em 2014 a Suécia de Zlatan Ibrahimovic, agora era a Itália, a campeã da Europa em título que na fase de grupos foi suplantada pela Suíça no topo da tabela. A seleção das Quinas só iria encontrar a Squadra Azzura na final, primeiro era preciso CR7 e companhia vencer a Turquia e os italianos derrotarem a Macedónia do Norte, mas a imprensa e as redes sociais pareciam já ter o grande confronto deste playoff decidido.

Aconteceu, como todos sabemos, que Portugal passou a Turquia e que Itália não passou a Macedónia do Norte e que por isso a tão antecipada final não ia acontecer, com o encontro decisivo a decidir-se no estádio do Dragão diante dos macedónios.

Numa final, ser a Itália ou a Macedónia é, muitas vezes, só uma questão de nome. A emoção de uma tamanha decisão em apenas 90 minutos pode ser causadora de todo o tipo de surpresas. Felizmente para Portugal, não foi.

Apesar da equipa das Quinas não ter entrado tão pressionante e entusiasmada dentro das quatro linhas como no encontro com os turcos, que venceu por 3-1, a seleção nacional sobre fazer o seu caminho sem nunca ficar por baixo. Com mais ocasiões de perigo, o golo acabou por aparecer. Bruno Fernandes 'roubou' um passe do ex-colega do Sporting CP Ristovski, deu a bola a Ronaldo que a soube devolver ao companheiro de equipa no Manchester United no momento certo, deixando-o isolado perante a baliza da Macedónia. Bruno não se fez rogado e inaugurou o marcador.

Na segunda parte, o jogo não mudou de figura. Com a Macedónia do Norte desconfortável em desvantagem, sem conseguir produzir grande perigo ofensivo e depois de ter falhado em prolongar o empate até um momento em que poderia surpreender a equipa liderada por Fernando Santos, Portugal acabou por 'matar' o encontro com um golo em contra-ataque, num momento de descompensação adversária em que o bloco defensivo macedónio foi suplantado pelo cruzamento de Diogo Jota que encontrou Bruno Fernandes à entrada da grande área e que, com uma finalização à ponta de lança, fez o segundo golo na partida e na conta pessoal.

Com o apito final veio a garantia de que  Portugal ia estar no Qatar, assegurando assim a sexta presença consecutiva em mundiais depois de 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018.

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