O encontro entre a Tunísia e o Mali, da primeira jornada do Grupo F do Campeonato Africano das Nações (CAN), teve um final, no mínimo, insólito. Passavam alguns segundos para lá do minuto 85 quando o árbitro Janny Sikazwe, natural da Zâmbia, precipitou-se e apitou para o final do encontro.
Depois de corrigido o erro, o jogo retomou para quatro minutos que não seriam menos polémicos. Quando o placard assinalava o minuto 87, Sikazwe mostrou um cartão vermelho ao jogador do Mali, El Bilal Touré, avançado do Reims, equipa que milita no campeonato francês, num lance polémico em que o juiz da partida foi aconselhado pelo VAR a rever o lance. Após ter, no campo, revisto as imagens, o árbitro manteve a sua decisão.
Para açucarar ainda mais o final da partida, Janny Sikazwe voltou a apitar para o final da partida antes do tempo, aos 89 minutos e 47 segundos, segundo o cronómetro exibido na transmissão televisiva. Mas desta vez não voltou atrás e recomeçou a partida, apesar dos muitos protestos do banco da formação tunisina - e de o jogo ter tido nove substituições e duas consultas ao VAR no segundo tempo, momentos que levariam a que houvesse tempo extra.
A organização da CAN, já depois das equipas terem recolhido ao balneário, ordenou que fossem jogados mais cinco minutos, mas a Tunísia recusou voltar ao relvado. O jogo terminou assim, definitivamente, 1-0, a favor do Mali. O encontro ficou decidido aos minuto 48 com um golo de grande penalidade de Ibrahima Kone.
*Artigo atualizado às 15h46 com a decisão da CAN
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