O adiamento dos Jogos foi benéfico para a preparação ou foi mais um momento de ansiedade?
Em nada foi benéfico na preparação, por toda a componente física mas também psicológica que envolveu.
Ao longo deste ciclo paralímpico, quando é que pensou: este é momento do “tudo ou nada”?
Se calhar na última prova que tivemos de qualificação, em 2019, na Póvoa de Varzim. Foi aí que ficámos a saber que íamos aos Jogos, foi um dos momentos decisivos. A partida para Tóquio, a 14 de agosto, foi outro dos momentos do tudo ou nada!
Qual o pior momento na preparação?
No ano passado, quando tivemos a notícia de que não ia haver Jogos e a quase anulação de um sonho.
Qual a maior dificuldade que espera encontrar em Tóquio?
A incerteza, dado que não sei como é que os adversários estão porque já não temos competição há quase dois anos. E também a minha própria performance porque não sou testada ao nível competitivo há mais de um ano e um atleta faz-se muito de competição. Sem ela é difícil sabermos em que nível estamos.
Qual a coisa mais inusitada que leva na bagagem para o Japão?
A máquina de café, levamos sempre para as competições porque precisamos desse aditivo.
Quais são os objetivos em termos de resultados/marcas?
É difícil responder, o objetivo é sempre dar o melhor e tentar-me superar em relação àquilo que eu acho que são as minhas capacidades.
Que memória tem dos primeiros Jogos a que assistiu?
Que memórias! A cerimónia de abertura do Rio 2016, foi um sentimento muito marcante, com a ovação e o carinho que recebemos do povo brasileiro. Também a questão da quantidade de pessoas que estavam a assistir ao Boccia, até fizeram a onda na bancada! É uma energia que não é normal para nós, não a costumamos ter nos nossos campeonatos.
Quem é o melhor atleta paralímpico de sempre na sua modalidade?
Acho que é o José Carlos Macedo pela quantidade de Jogos em que já participou e a quantidade de medalhas paralímpicas conquistadas (6).
Se ganhar uma medalha, a quem a vai dedicar?
A Deus e a todas as pessoas ligadas à minha carreira desportiva, à minha família e colegas de equipa, aos portugueses. Mas especialmente a Ele.
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O adiamento, o "tudo ou nada" e os principais objetivos. Rumo aos Jogos Paralímpicos, que se realizam de 24 de agosto a 5 de setembro, desafiámos alguns dos atletas lusos a responder a um Questionário Paralímpico. Portugal estará representado em Tóquio por 33 atletas. Acompanhe todas as notícias, destaques e resultados no SAPO24.
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