O Comité de Competições da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), após ter estado reunido durante sete horas, decidiu anular a expulsão de Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid, na partida frente ao Valência: o jogador viu o cartão vermelho direto nos instantes finais, após desentender-se com dois adversários num contexto de enorme pressão emocional pelos insultos racistas de que foi alvo durante toda a partida por parte dos adeptos da equipa da casa.
O organismo da RFEF também decidiu fechar a bancada Kempes, no estádio do Valência, de onde terão saído grande parte dos insultos, entre os quais o único relatado pelo relatório do árbitro, que refere que, aos 73 minutos, um adepto chamou "macaco" a Vinicius.
O Comité de Competição considerou ainda que, tendo em conta as provas apresentadas, os insultos começaram ainda no exterior do estádio, aquando da chegada, continuando no interior, com o organismo a salientar que, entre outros, ouviu-se "um grito generalizado nas bancadas" a chamar "macaco" ao brasileiro perto do final do encontro.
O Comité da RFEF considera que "ficou provado, definitivamente, o intolerável caráter racista de parte dos cânticos que foram entoados, dentro e fora do campo, por uma parte dos adeptos".
"Este Comité considera que ficou provado que, apesar dos esforços que vem fazendo o clube, este não foi suficientemente expedito na implementação efetiva de todas as medidas necessárias para erradicar este tipo de comportamentos", lê-se.
O jornal espanhol Marca revela que o Valência ficou «indignado» com esta sanção, que considerou «desproporcionada», e vai recorrer até às últimas instâncias.
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