Primeiro clube da Inglaterra a declarar falência desde o início da crise do novo coronavírus, o Wigan nomeou três administradores, Paul Stanley, Gerald Krasner e Dean Watson, para tentar inverter a situação, que também pode levar a uma pesada sanção da Liga.
Gerald Krasner, que foi presidente do Leeds, disse que o objetivo atual dos administradores é garantir que o clube complete todos os jogos nesta temporada e “encontre com urgência” opções para salvar o Wigan e os empregos das pessoas que trabalham no clube.
O clube do noroeste de Inglaterra é o atual 14.º classificado da Championship (segunda divisão inglesa), com 50 pontos, a 25 do líder Leeds, quando faltam disputar seis jogos para encerrar a época, interrompida por três meses devido à pandemia de covid-19.
“O Wigan Athletic tem sido um ponto focal e fonte de orgulho para a cidade desde 1932, e qualquer pessoa interessada em comprar esta instituição desportiva histórica deve entrar em contato diretamente com os administradores”, refere.
Os administradores nomeados reconhecem que a suspensão da temporada, devido à pandemia de covid-19, teve um impacto significativo nas receitas do clube, que em 2019 registou um prejuízo de 9,2 milhões de libras (cerca de 10 milhões de euros).
O clube desceu em 2013 da Premier League (primeira divisão inglesa) - no mesmo ano em que derrotou o Manchester City na final da Taça de Inglaterra (1-0) – e caiu em 2015 para a terceira, mas regressou imediatamente ao Championship.
O ex-futebolista e antigo dono do clube Dave Whelan foi o responsável por levar o Wigan da quarta à primeira divisão, mas saiu de cena em novembro de 2018 com a sua venda a uma empresa de entretenimento internacional de Hong Kong.
Nessa mesma temporada, o clube conseguiu retornar ao Championship e, depois de ter garantido a permanência à justa na última temporada, está de forma confortável na décima quarta posição, tendo vencido os três jogos desde o reinício da competição.
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