“Quando e quantos espetadores serão autorizados a regressar aos estádios não é uma decisão da Liga alemã (DFL). Não esperamos nada, e não exigimos nada, mas vamos preparar-nos”, disse o presidente do organismo, Christian Seifert.
As 36 equipas das duas divisões estão unidas na pretensão de voltar a ter adeptos — não só pela parte desportiva, mas igualmente financeira — e a evolução da pandemia da covid-19 ditará o êxito da sua vontade, sempre pendente de decisão política.
“Atualmente, o coronavírus continua a ter um papel importante. A prioridade atual na Alemanha não é encher estádios, mas a situação da saúde pública”, admitiu o dirigente, quando o país identificou 879 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas.
O plano da DFL contempla, entre outros, suspender a presença dos adeptos das equipas visitantes, acabar com os lugares em pé e a proibição de bebidas alcoólicas.
De igual modo, as entradas seriam personalizadas, para que, em caso de infeção, se possam detetar possíveis cadeias de transmissão.
Recentemente, o primeiro ministro da região da Baviera, Markus Soder, manifestou-se cético, devido ao aumento de contágios nos últimos dias, declarando, a propósito, que assim “fica difícil pensar em jogos com 25.000 espetadores”.
A organização que agrupa diversas claques de ‘ultras’, a Unsere Kurve, também se revelou prudente com a possibilidade de o público regressar aos estádios.
“Apesar do desejo de o fazermos, devemos lembrar que vivemos no meio de uma pandemia e o bom senso deve dar prioridade à proteção da saúde. Se os contágios aumentarem, e a consequência é que não podemos ir aos estádios, é algo que temos de aceitar”, resignou-se Jost Peter, da direção da Unsere Curve.
Segundo uma sondagem avançada hoje pela ZDF, 77% dos alemães receiam uma segunda vaga, que, de acordo com o sindicato dos médicos Marburger Bund, o país já está a atravessar.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 689 mil mortos e infetou mais de 18,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Comentários