“Uma vez que o Governo assumiu o objetivo programático de, nos próximos 10 anos, inserir Portugal no grupo dos 15 países mais ativos da Europa, tal não pode deixar de pressupor a assunção das opções políticas promotoras de tal desígnio”, frisou o COP.
O organismo considera existir “alguns desequilíbrios e incongruências” do sistema fiscal aplicável à atividade física e ao desporto, em Portugal, que entende serem “notórios” e que “merecem reflexão prudente”.
Assim, o COP apresenta propostas que “são razoáveis em termos orçamentais, fiscalmente justas, perfeitamente coerentes com a filosofia do sistema fiscal português, não geradoras de efeitos de arrastamento e não implicam intervenções profundas de preparação legislativa”.
No enquadramento que faz das propostas apresentadas ao Governo, o COP diz estar “consciente de que o desporto nacional vale muito mais do que aquilo que custa”, pois entende que se trata de “um bem público que prossegue uma relevantíssima função social e de afirmação externa do país”.
“Ainda assim, traduz-se, em termos relativos, num baixo custo para o erário público, que dele recebe muito mais do que aquilo que lhe devolve”, frisa a instituição.
O COP relembra que a boa prática da atividade física “induz efeitos sociais e económicos muito positivos”, destacando os “resultados comprovados na promoção da saúde e do bem-estar físico e psíquico e na prevenção da doença e da dependência no envelhecimento”.
Do mesmo modo, enfatiza a “redução de encargos nas comparticipações públicas e patronais na assistência à doença e ao absentismo”.
Ora o COP deseja reforçar a relevância da atividade física e desportiva no contexto laboral, que promove a “produtividade” e reduz o “absentismo”, além de maior “coesão e inclusão social”, juntando-lhe uma “bem sucedida política fiscal de promoção” da mesma.
Após reunir com o COP, o presidente da Portugal Activo-AGAP, José Carlos Reis, diz estar “em sintonia” com a proposta apresentada pelo COP, ua vez que esta “incentiva as empresas e é muito importante para combater a inatividade dos portugueses”.
Defende que é possível ao Governo fazer mais nesta área, tanto em sede IRS, “permitindo às pessoas deduzirem parte do que gastam com a prática de atividade física”, como no IVA, baixando a taxa de 23% aplicada a esta área, a mesma a que estão sujeitos álcool e tabaco.
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