Em sentido inverso, o pentatlo moderno, o boxe e o halterofilismo estão para já de fora e terão de passar um ‘caminho’, em larga medida relacionado, nos últimos dois casos, com questões de transparência nas federações internacionais, para poderem figurar na lista dos Jogos Olímpicos que vão ser disputados nos Estados Unidos.
O pentatlo moderno, por seu lado, tem a ver com a retirada do equestre do seu programa olímpico para 2028, estando a procurar “opções alternativas” para a quinta disciplina, com o objetivo de “aumentar a acessibilidade” da modalidade a nível global.
Os três figuram na lista de desportos aprovados para Paris2024, posição que não será alterada, mas a continuidade para Los Angeles2028 será avaliada, no máximo, até 2023, com o COI a pedir alterações significativas no modo de funcionamento e transparência das federações internacionais para que possam ser reintegradas.
O presidente do COI, Thomas Bach, anunciou a decisão no final da reunião do Conselho Executivo daquele organismo, em conferência de imprensa, colocando os três desportos na lista a ser submetida à Sessão do COI de fevereiro de 2022, em Pequim, onde será finalizada a proposta inicial de todas as modalidades.
O dirigente olímpico destacou ainda que o próprio comité organizador concordou com a proposta, além de poder ainda sugerir a adição de outros desportos ao programa.
Fixa, por seu lado, é a quota de 10.500 atletas como máximo, quer em Paris2024 quer em Los Angeles2028.
A inclusão de skate, escalada e surf baseia-se, explicou Thomas Bach, “na contribuição significativa para o sucesso, no geral, de Tóquio2020” enquanto evento.
O presidente do COI notou ainda que o organismo vai “continuar a monitorizar a evolução do calendário internacional” do futebol, um assunto sobre o qual foi questionado pelos jornalistas mas sobre o qual não anunciou quaisquer medidas para já.
Questionado mais do que uma vez sobre o boicote diplomático de alguns países, em particular dos Estados Unidos, aos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, o presidente do COI não respondeu de forma clara.
Se o governo francês, assim como “o italiano”, estão “muito interessados e envolvidos nas preparações” para os Jogos que vão organizar, no caso Paris2024, de verão, e Milão/Cortina2026, de Inverno, “o mesmo se aplica à China”, limitou-se a dizer.
Bach também foi esquivo quanto a perguntas sobre o seu encontro com a tenista chinesa Peng Shuai, que esteve desaparecida durante dias após denunciar abusos sexuais de um antigo governante chinês, antes de ressurgir numa conversa por via telemática com o líder do COI, entre outras imagens divulgadas por órgãos de comunicação associados ao Estado chinês.
Sem se comprometer com qualquer declaração sobre Pequim, admitiu ainda assim que considera que a tenista está “numa situação muito frágil”, após as “alegações que fez”.
Comentários