Numa conferência de imprensa onde estiveram também presentes o treinador, João Alves, e os capitães de equipa, Edinho e André Carvalhas, o dirigente voltou a garantir que a SAD do clube da margem sul do Tejo irá “até às últimas consequências” e que a direção da LPFP “não tem competência jurídica” para tomar uma decisão que tem de ser decidida “em assembleia geral”.
O dirigente dos piedenses disse ainda que se sentiu “traído” pela LPFP e que todos os clubes da II Liga foram “enganados”, porque lhes “foi dita uma coisa e feita outra” em relação às consequências desportivas da interrupção do campeonato devido à pandemia de covid-19.
“Na sexta-feira foi-nos dito que ninguém iria descer de divisão. No sábado somos confrontados com um comunicado da federação, que cumpriu o que já tinha dito, que era indicar duas equipas [para subir à II Liga] por mérito desportivo e que ninguém descia porque não há demérito desportivo. Isto é uma absoluta vergonha e não podemos pactuar com isto”, atirou o dirigente piedense.
Sobre a decisão da direção da Liga, Rodrigues questionou a unanimidade que tem sido anunciada e desafiou a que se pergunte ao presidente do Mafra, José Cristo, qual foi o seu sentido de voto e a forma como a decisão se processou, sublinhando que não foram apresentadas alternativas e que não obteve resposta à pergunta sobre se tinha sido apresentada à federação uma “proposta de alargamento”.
“Questionei cinco vezes o presidente da Liga e não obtive resposta. Nem apresentaram uma opção A, B ou C, foi tudo votado em menos de 30 segundos. Senti-me traído e os clubes da II Liga enganados, porque foi-nos dita uma coisa e feita outra”, insistiu Edgar Rodrigues.
Por esses motivos, o diretor desportivo dos ‘grenás’ referiu que a forma como a decisão foi tomada “devia envergonhar todos os dirigentes do futebol português” e considerou que Liga e FPF “cozinharam” a forma de despromover o Cova da Piedade e o Casa Pia.
A direção da LPFP anunciou na terça-feira ter "fixado" a despromoção de Casa Pia e Cova da Piedade ao Campeonato de Portugal, devido à impossibilidade de concluir o campeonato, suspenso por tempo indeterminado em 12 de março.
Nessa altura, após 24 jornadas, o Casa Pia ocupava o 18.º e último lugar, com 11 pontos, e o Cova da Piedade o 17.º e penúltimo, com 17. O Vilafranquense é a primeira equipa a salvo da despromoção, com 24.
No plano de desconfinamento, devido à pandemia de covid-19, o Governo definiu que a I Liga de futebol e a final da Taça de Portugal vão poder ser disputados, permitindo também desportos individuais ao ar livre, excluindo a continuidade da II Liga.
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