“Sabemos da dificuldade que vamos ter pela qualidade do opositor, que tinha aspirações em ser campeão nacional. Quando assim é, tem de ganhar praticamente todos os jogos. Seguramente, essa dificuldade irá estar presente. Críticas ao técnico do Benfica, Roger Schmidt? Não creio que os afete dessa forma”, enquadrou, em conferência de imprensa.
Sem perderem há seis partidas consecutivas, os ‘lobos’ encaram as últimas duas rondas com hipóteses de terminarem na sexta posição, a última de acesso à edição 2024/25 da Taça da Liga, mas têm de suplantar os três pontos de desvantagem face ao Moreirense.
“Ainda há essa possibilidade, que ficou difícil pelos nossos últimos dois resultados. Esse ditado do ‘não interessa como começa, mas sim como acaba’ é relevante, mas a imagem deixada pela nossa equipa e pelos jogadores é bastante positiva. Para todos os efeitos, queremos ganhar na Luz, sabendo que é um palco distinto a nível mediático”, observou.
A luta pela sexta posição trará em simultâneo a visita do Moreirense ao já tranquilo Casa Pia, em Rio Maior, e o embate do Arouca frente ao Benfica, cuja derrota em Vila Nova de Famalicão (2-0), na ronda anterior, selou o 20.º título de campeão nacional do Sporting e impediu o segundo colocado de revalidar esse estatuto pela primeira vez desde 2016/17.
“Importa-me que o Arouca apresente a personalidade que tem tido ao longo desta época. Mesmo quando as coisas não nos correram tão bem e os resultados não apareceram da forma como desejávamos, a identidade da equipa esteve sempre presente. O Benfica já não poderá atingir mais nenhum objetivo, mas imagino que exista todo um processo que ainda pode ser feito no sentido da preparação da próxima época”, alertou Daniel Sousa.
Precavido para as diversas soluções ofensivas das ‘águias’, o técnico foi evasivo sobre o eventual regresso do guarda-redes uruguaio Ignacio De Arruabarrena, habitual titular da baliza do Arouca, que foi substituído por Thiago e João Valido nos últimos dois embates.
“Estamos satisfeitos e confiantes com aquilo que [os dois guarda-redes menos utilizados] nos podem oferecer e foi por isso que lhes quisemos dar jogos de responsabilidade. Não foi por termos atingido o objetivo inicial e até uma posição estável na tabela. Ainda temos objetivos, que são o sexto lugar, e transmitimos essa responsabilidade e confiança, pois sabemos que podemos confiar a 500% neles. Vamos ver amanhã [domingo]”, sustentou.
No ataque deve prosseguir o bielorrusso Uladzislau Marozau, que se estreou a titular na receção ao Estrela da Amadora (0-0), devido à iminente saída do espanhol Rafa Mújica, terceiro melhor marcador da I Liga, com 20 tentos, rumo ao Al-Sadd, campeão do Qatar.
“Sabemos da qualidade do Mújica. Vai fazer falta, porque todos os jogadores fazem falta, sobretudo quando têm a qualidade que ele apresentou. Tivemos soluções distintas frente ao Estrela da Amadora, mas com a mesma capacidade para chegar onde queríamos. O resultado não foi o expectável, mas foi dos jogos em que tivemos maior controlo”, traçou.
O segundo melhor marcador da história dos ‘lobos’, com 37 golos em 68 jogos, deve sair por 10 milhões de euros fixos e viabilizará o negócio mais avultado do clube, com Daniel Sousa a detetar “bons sinais” na projeção de outros ativos no mercado de transferências.
O Arouca, sétimo classificado, com 46 pontos, mede forças com o Benfica, segundo, com 76, no domingo, a partir das 18:00, no Estádio da Luz, em Lisboa, em encontro da 33.ª e penúltima ronda do campeonato, sob arbitragem de Fábio Melo, da associação do Porto.
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