Os dois irmãos, vice-campeões mundiais, somaram 104 pontos, a 26 pontos da embarcação no 10.º lugar, último posto que dá acesso às medalhas, e encerram a participação portuguesa na vela.
Na estreia olímpica, a dupla conseguiu vencer uma regata, a quinta, e acabou no 15.º posto entre 19 participantes.
“Hoje saíamos atrás de um objetivo muito complicado. Matematicamente era possível apurarmo-nos para a ‘medal race’, o nosso primeiro objetivo, mas com baixa probabilidade. Tentámos o melhor. Somos quem mais fica chateado. Queríamos muito o objetivo, achámos que era possível, e falhámos. A responsabilidade cai sobre nós”, afirmou Pedro Costa, na zona mista.
O irmão realça a experiência obtida num “campeonato completamente diferente dos outros” e a concretização de um sonho.
“A nível pessoal, é muito enriquecedor. É um sonho que tínhamos de crianças que agora já podemos dizer que cumprimos, e que cumprimos juntos, o que é ainda melhor”, explicou, emocionado.
Nessa experiência, completou Pedro, o mais marcante é a regata ganha, porque demonstrou o potencial da dupla, depois de “uma campanha olímpica com altos e baixos”.
“Destacámo-nos ao princípio, depois uma fase muito negativa e com uma lesão, em 2018, e a partir daí tomámos uma atitude diferente, virada para soluções, conseguimos apoios e patrocinadores. (...) Fomos vice-campeões do mundo, foi o resultado que nos trouxe cá. Esperávamos poder estar mais perto do que conseguimos durante o ano”, considerou.
Ainda assim, estes Jogos provam que têm “um futuro com muito potencial pela frente” e mantêm a ambição de “fazer mais e melhor”, mesmo que o 470 vá passar a ser misto, inviabilizando a continuidade em dupla.
Para já, é provável que Diogo continue no 470, enquanto Pedro vai analisar possibilidades noutras classes, mantendo a vontade de trabalharem juntos o mais possível, mantendo a estrutura em seu redor o mais igual possível ao que já está.
Fora de questão estava continuarem na mesma classe, tendo que rivalizar um com o outro e, até, apurar um e afastar o outro dos Jogos.
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