Bundesliga – FC Bayern Munique

Um dos campeões com caminho mais fácil desta lista. O Bayern carimbou o seu sexto título consecutivo num autêntico passeio pela Alemanha. No fim da primeira volta (ao fim de 22 jornadas) a equipa de Munique já levava 18 pontos de vantagem sobre o segundo classificado. Sem qualquer adversário à altura, o Bayern terminou a Bundesliga com 27 vitórias, três empates, quatro derrotas e… 21 pontos de vantagem. O título foi conseguido a cinco jornadas do fim, numa vitória fora, no terreno do FC Ausgsburg.

A temporada não começou da melhor maneira e, depois da derrota na Champions por 3-0 frente ao PSG, Carlo Ancelotti foi despedido. Para o substituir chegou Jupp Heynckes, um velho conhecido em Munique (que em Portugal chegou a treinar o SL Benfica). O experiente técnico alemão impôs as suas regras e o sucesso foi notório: mais vontade, um plantel motivado e concentrado. Com esta mudança, os restantes emblemas da Bundesliga ficou sem hipótese de lutar pelo título.

Talento e qualidade são coisas que não faltam em Munique. Mesmo sem Neuer (e com Sven Ulreich a assumir a baliza), a qualidade individual do Bayern mostrou-se assombrosa. Hummels, Boateng, Alaba, Thiago Alcântara, Arturo Vidal, James Rodríguez, Ribéry, Robben, Muller, Lewandowski são o espelho disso mesmo.

A defesa foi a menos batida da liga com apenas 28 golos sofridos, assente na segurança de Hummels e Boateng, dois muros praticamente intransponíveis. A meio campo, de destacar o perfume que James trouxe ao jogo bávaro e a qualidade de Thiago Alcântara. Na frente, foi a dupla Muller e Lewandowski que brilhou. O alemão acabou como 'rei' das assistências (13) e o polaco como 'rei' do golo (29).

A juntar a esta constelação de individualidades, Heynckes montou um “rolo compressor” coletivo, mais do que suficiente para dominar a Bundesliga.

Eredivisie - PSV Eindhoven

O PSV entrou na Eredivisie com o intuito de destronar o campeão Feyenoord e voltar aos títulos. Desde a quinta jornada que os homens de Eindhoven assumiram o primeiro lugar e nunca mais o largaram. Controlaram sempre as distâncias para os rivais e, à 31ª jornada (com ainda três por jogar), chegou o título. 3-0 em casa frente ao segundo classificado, Ajax, foi o suficiente para consumar a conquista já anunciada.

No banco, a comandar as “tropas” esteve Phillip Cocu, nome bem conhecido pelo seu tempo como futebolista. No seu quinto ano no PSV, Cocu conquistou o terceiro campeonato, um registo interessante naquela que é a sua primeira experiência como técnico principal.

Individualmente destaca-se a dupla atacante da equipa. Chucky Lozano e Luuk de Jong fizeram as delícias dos adeptos e combinaram para 29 golos. O mexicano estreou-se na Europa e deu nas vistas. Com 17 golos e várias exibições de encher o olho, e apenas 22 anos, não deve passar muito mais tempo pelos Países Baixos. Já de Jong, apesar de ter feito uma época alguns furos abaixo do seu melhor (em 2015/16 apontou 26 golos na conquista do bicampeonato), foi um dos pilares da conquista.

Ainda assim a maior força desta equipa foi o coletivo. Muita qualidade em todos os setores e muitas soluções para Cocu trabalhar. Prova disso é que nem o líder de assistências nem de golos jogar atuam no campeão. Alireza do AZ Alkmaar foi o melhor marcador (21 golos) e Hakim Ziyech do Ajax líder nas assistências (15).

La Liga – FC Barcelona

Mais um campeão com um autêntico passeio na sua liga. O Barcelona desde cedo ampliou a vantagem sobre os rivais de Madrid e nunca mais parou. Ao 34º jogo, e com uma jornada em atraso, os catalães ergueram a taça já há muito anunciada.

A perda de pontos recorrente do Real Madrid e a qualidade de jogo blaugrana tornaram fácil a conquista da liga espanhola. Até à conquista do título, Messi e companhia tinham empatado 8 jogos e tinham 0 derrotas.

O Barcelona acabou a temporada com o melhor ataque (99 golos) e a segunda melhor defesa da competição - 29 golos sofridos, atrás dos 22 do Atlético. Uma época brilhante da equipa de Ernesto Valverde, muito assente na qualidade de Lionel Messi . Numa das melhores épocas da sua carreira, o argentino apontou 34 golos e 12 assistências na La Liga, tornando-se líder nas duas categorias. A primeira valeu-lhe mesmo a Bola de Ouro.

Mas nem só de números se viveu a época de Messi. O craque foi o motor da equipa do Barcelona, pegando no jogo, distribuindo-o e finalizando-o. Ajuda ter um elenco de luxo como os blaugranas têm. Luis Suárez e as duas contratações Paulinho e Philippe Coutinho são os melhores exemplos disso.

O futebol de Valverde valeu ao técnico o seu primeiro título espanhol, na sua estreia num grande do país.

Liga dos Campeões – Real Madrid CF

Liga dos Campeões é sinónimo de Real Madrid. 13 títulos conquistados e, com o deste ano, três conquistas seguidas. Números impressionantes que mostram uma equipa talhada para esta competição. A época menos conseguida na liga espanhola nada afetou a prestação na Europa.

A formação comandada por Zidane terminou a fase de grupos atrás do Tottenham, mas a partir daí mais ninguém conseguiu parar os merengues. 5-2 ao PSG, 4-3 à Juventus e 4-3 ao Bayern (resultados combinados das duas mãos) levaram o Real à tão desejada final. Aí, frente ao Liverpool, os madrilenos venceram por 3-1 com um golo de Benzema e dois de Bale.

Apesar de não ter marcado na final, o homem da Liga dos Campeões é Cristiano Ronaldo! 15 golos em 13 jogos e mais um título de melhor marcador da competição. O português fez golos para todos os gostos, de onde se destaca a maravilhosa bicicleta frente à Juventus.

Mais uma conquista para a equipa de Madrid, a estrela maior das competições europeias!

Liga Europa – Atlético de Madrid

Depois de um terceiro lugar infeliz na Liga dos Campeões (atrás de Roma e Chelsea), o Atlético de Madrid chegou à Liga Europa e conseguiu a terceira conquista nesta competição (venceu em 2010 e 2012).

Com a entrada para os dezasseis-avos de final, os homens de Madrid eram os principais favoritos. Eliminaram o FC Kobenhavn, o Lokomotiv de Moscovo, o Sporting CP e o Arsenal. Uma longa caminhada para chegar à final onde bateram o Marselha por uns convincentes 3-0.

A equipa de Diego Simeone foi fiel a si própria: raçuda, agressiva e muito eficaz. Para além disto, apareceu o génio de Griezmann. O francês fez seis golos nos oito jogos que fez na Liga Europa e foi a solução quando o coletivo se mostrava insuficiente. Outro dos destaques foi Oblak. O ex-Benfica brilhou nas redes do Atlético levando a equipa a sofrer apenas quatro golos em nove jogos.

Diego Simeone não esteve no banco na final devido a castigo, mas nem assim os espanhóis saíram derrotados. Dois golos de Griezmann e um de Gabi carimbaram mais um título para os colchoneros.

Com a entrada tardia do Atlético na prova o melhor marcador acabou por ser Ciro Immobile da Lazio com oito golos (empatado com Aduriz do Athletic Bilbao). O Rei das assistências foi o francês Payet do Marselha.

Liga NOS – FC Porto

O FC Porto terminou o jejum de quatro anos e venceu o campeonato português. A equipa de Sérgio Conceição bateu a concorrência e chegou a fim com sete pontos de vantagem sobre o segundo classificado. Foi no jogo com o Benfica, na Luz, que se sentenciou a luta pelo título. À 30ª jornada, o grande golo de Herrera afastou os encarnados da corrida e lançou o Porto para o 28º título da história do clube.

Para além da conhecida raça azul e branca, a equipa portista foi a mais equilibrada e constante ao longo das 34 jornadas. Uma das grandes forças foi a consistência defensiva. Marcano e Felipe foram exímios juntos e completaram Casillas na perfeição. Ainda na defesa, Alex Telles foi um dos obreiros do título. 13 assistências para golo fizeram do lateral espanhol o Rei desta categoria.

créditos: EPA/FERNANDO VELUDO

Ofensivamente destacou-se o poderio físico de Marega e a qualidade de construção de Herrera. Dois heróis inesperados que foram os melhores deste Porto campeão. Sérgio Oliveira foi também uma boa surpresa e Aboubakar um bom complemento a Marega.

Mesmo com a qualidade individual que vários jogadores evidenciaram, Sérgio Conceição tem muito mérito nesta conquista. O mister dos dragões trouxe o espírito vencedor de volta ao Porto e foi no ânimo da equipa que mexeu mais.

Nos golos, mesmo com os 22 de Marega, o Rei foi Jonas com 34. 

Ligue 1 – Paris Saint-Germain FC

Mais um campeão fruto de um passeio. O PSG foi muito dominador em terras gaulesas e acabou a época com 13 pontos de vantagem para o 2º lugar. Melhor defesa e melhor ataque da Ligue 1 e um futebol coeso e perfumado. O trio da frente pareceu chocar um bocadinho, mas a sua qualidade individual veio ao de cima.

Neymar, Cavani e Mbappé causaram o terror a todas as defesas e, mesmo quando um deles faltou, a coisa não correu mal. Depois da lesão do brasileiro em fevereiro, o PSG continuou a ganhar. Foi mesmo sem a principal estrela que os parisienses chegaram ao título.

A 33ª jornada trouxe uma receção ao segundo classificado Mónaco (na altura campeão em título). Os homens da casa selaram a fantástica campanha com um incrível 7-1. Um festival de golos a consumar a festa na capital francesa. Sem Neymar (e com Mbappé no banco) foram Di Maria e Giovani Lo Celso a brilharem. Os dois argentinos apontaram um bis, cada um, na goleada.

Mas nem só de golos se fez este título. O PSG foi a melhor defesa da prova e não foi à toa. A tripla Aréola – Thiago Silva – Marquinhos foi sempre melhor que qualquer ataque da Ligue 1. Os dois centrais brasileiros foram uma muralha intransponível à frente do guardião francês.

Para além de um sistema muito bem montado por Unai Emery, a profundidade do plantel do PSG foi um dos pilares desta conquista. Com alternativas para todas as posições, o banco garantiu qualidade aquando das lesões dos titulares e resolveu jogos complicados.

Individualmente, Payet foi (também aqui) o Rei das assistências (14 passes para golo) e Cavani o melhor marcador (28 golos).

Premier League – Manchester City FC

Tal como em várias das ligas já faladas, também o percurso do Manchester City foi um passeio. Na 34ª jornada o City venceu o Tottenham em Londres e o rival United perdeu em casa com o West Bromwich “dando” o título no sofá à equipa de Guardiola.

O nome do treinador espanhol não pode ser evitado. O seu futebol de posse e de domínio deu frutos no segundo ano em Inglaterra. Com uma super-equipa, Pep impôs o ritmo que quis na Premier e isso traduziu-se em 19 pontos de diferença para o segundo classificado! 100 pontos conquistados, um novo recorde da Premier. Tudo isto com um futebol de encher as medidas.

Mas sem as suas estrelas Guardiola não teria conseguido este passeio. Ederson mostrou ser um dos melhores do mundo ao encaixar na perfeição na ideia de guarda-redes do técnico espanhol. Fernandinho foi o pilar do meio-campo, dando liberdade aos criativos da equipa. Nesses criativos incluem-se David Silva e Kevin de Bruyne. O belga é o jogador “fetiche” de Guardiola: muita qualidade de passe, visão de jogo e uma chegada à área fantástica.

Na frente, a quantidade e qualidade de soluções do City mostrou-se avassaladora. Aguero, Gabriel Jesus, Sané, Sterling e Bernardo Silva. Talento em abundância que encaixou facilmente no sistema e nas ideias do treinador espanhol.

Apesar da eficácia de Aguero e do City ter conseguido o melhor ataque, o melhor marcador da Premier morou em Liverpool. Salah apontou 32 golos e superou a concorrência do argentino do City e de Harry Kane. Nas assistências reinou de Bruyne como peça central do carrossel citizens fazendo 16 passes para golo.

Serie A – Juventus FC

Num dos campeonatos mais disputados da Europa, a Juventus venceu o seu sétimo campeonato consecutivo. Uma série incrível de sucessos que ficou carimbada na penúltima jornada da Serie A. Contra a Roma, na capital italiana, a Juve precisava apenas do empate e o 0-0 final confirmou o título. O Nápoles foi um digno vencido, oferecendo oposição até ao fim.

Allegri teve um papel crucial na motivação da equipa que não se cansa de ganhar. Para isto ajuda ter um monstro como Buffon no balneário. Na última temporada do guardião italiano, Gigi foi um dos obreiros do título. A defesa foi, como sempre, o grande pilar da conquista. Mesmo com a saída de Bonucci para o Milan, a Juventus foi a melhor defesa da prova.

No meio campo, Khedira voltou a ser preponderante, a par de Pjanic. Mas é na frente que moram as maiores estrelas da Juve. Dybala e Higuain compõem uma dupla argentina letal e contam ainda com o talento de Douglas Costa e a imensa experiência de Mandzukic.

É assim que uma equipa bem montada e muito bem trabalhada por Allegri continua a fazer história por Itália. Com o seu futebol matreiro, mas eficaz, a Juve domina a Serie A como nunca uma equipa fez e nem um super Nápoles foi capaz de superar e equipa de Turim.

Como em todos os outros 6 campeonatos desta série de 7 conquistas, o melhor marcador da prova não joga em Turim. Desta feita foram Ciro Immobile (Lazio) e Mauro Icardi (Inter) ambos com 29 golos os goleadores do campeonato. Também o Rei das assistências atua na Lazio: Luis Alberto fez 14 passes para golo.

A lista dos restantes campeões nas principais ligas europeias:

Áustria – Salzburgo
Bélgica – Club Brugge
Bielorrússia – BATE Borisov
Bulgária – Ludogorets Razgrad
Cazaquistão – Astana
Chipre – APOEL
Croácia – Dínamo Zagreb
Escócia – Celtic
Grécia – AEK Atenas
Holanda – PSV Eindhoven
Hungria – Videoton
Polónia – Legia Varsóvia
República Checa – Viktoria Plzeň
Rússia – Lokomotiv Moscovo
Sérvia – Estrela Vermelha
Suécia – Malmö
Suíça – Young Boys
Turquia – Galatasaray
Ucrânia – Shakhtar