Durante 60 minutos é possível relembrar os “melhores momentos” vividos pelo Tondela desde que venceu ao Leixões, passando pela primeira vez os oitavos de final da Taça de Portugal, até à final no Estádio Nacional, em Oeiras.
O documentário "A Caminhada Auriverde" regista a caminhada até à derrota na final, por 3-1, frente ao FC Porto, assim como as lágrimas nos últimos jogos do campeonato, que ditaram a descida à II Liga, sete anos depois da subida pela primeira e única vez.
Na obra, há relatos dos treinadores que lideraram o Tondela na época 2021/22, Pako Ayestarán e Nuno Campos, dos jogadores, de alguns adeptos, como o músico Samuel Úria, natural de Tondela, e do presidente do clube.
“Um ano e um dia depois [da final no Jamor] e já me emocionei, por duas razões. Por viver um feito histórico e o viver de uma triste notícia. Na altura estava em causa a manutenção, o que não aconteceu e descemos de divisão”, disse Gilberto Coimbra.
O presidente do clube, que agora também acumula a presidência da SAD, acrescentou ainda que o Tondela “escreveu uma página na história da federação e do futebol português, como o Tondela esteve no Jamor no dia 22 de maio” de 2022.
Gilberto Coimbra assumiu ainda que, este documentário, “é um registo que fica” para o futuro e que “marca aquela que foi a primeira” ida do Tondela à final da Taça de Portugal”, deixando o desejo de voltar.
“Não é uma promessa, porque o futebol é fértil em surpresas, não é uma ciência exata, não é matemático, mas tudo farei, enquanto estiver no Tondela, para que o clube volte a ser feliz na I Liga e, quem sabe, volte a fazer história pela segunda vez. Esperamos que não seja a última”, disse.
No final da estreia de "A Caminhada Auriverde", que volta a ser exibido no dia 25 de maio, no auditório da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT), o capitão da equipa também assumiu “emoção”.
“Foi um gerir de emoções, ou seja, passámos do fundo a um marco histórico do Tondela”, admitiu Ricardo Alves, que definiu a semana, entre o jogo que ditou a descida e o da final no Jamor, como “particularmente difícil”.
“A descida foi e é, para mim, o pior marco da carreira e depois ver toda a preparação do Jamor que é também um dos marcos mais importantes, ou se não, o mais importante de cada jogador que participou no jogo”, assumiu.
Ricardo Alves, que também deu o seu testemunho no documentário, admitiu que “ver a preparação para ir ao Jamor e toda aquela festa e ver Tondela foi memorável”.
“Hoje sentem-se mais emoções, porque um ano depois recordamos e vimos toda esta gente. É um misto e emocionalmente marcante, por tudo o que vivemos, pelo ano que tivemos e pelas pessoas que estiveram cá a recordar isto”, acrescentou.
Para Ricardo Alves, “todos se devem orgulhar do percurso” que o Tondela fez na Taça de Portugal e não poupou elogios ao clube “organizado, que transmite paixão”, que é “pequeno, mas de uma dimensão enorme e à forma como todos trabalham” para o mesmo objetivo.
“O Jamor foi uma prenda para todos nós, estrutura, jogadores, as pessoas que trabalham, adeptos, e o facto de vermos aquela festa no Jamor e todas as pessoas que se deslocaram e ver o verde e amarelo na grande festa é um presente e um motivo de orgulho para todos nós”, concluiu.
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