Escreve a agência que um porta-voz da PPTV, pertencente ao grupo Suning (que por sua vez tem ligação com o gigante do comércio eletrónico Alibaba), confirmou que se trata de um contrato de três anos, com início na época 2019/20. Sun Xiaobo escusou-se a comentar valores porque o acordo não está formalmente assinado. A Premier League, por sua vez, ainda não confirmou o acordo.
A título de exemplo, para uma melhor apreciação dos valores em causa, o canal norte-americano NBC garantiu os direitos de transmissão dos jogos da Premier League para os Estados Unidos, durante um período de seis anos, por uns redondos mil milhões de dólares.
Entre 2016 e 2019, a Premier League, escreve o The Telegraph, vai gerar perto de 8,3 mil milhões de libras (aproximadamente 9,7 mil milhões de euros) com a venda de direitos de transmissão, o que corresponde a um aumento de 50% face ao período homólogo.
O entusiasmo chinês em torno do futebol tem feito várias manchetes, traduzindo-se na compra de jogadores ou investimentos em clubes. Há ainda que referir o investimento no seu próprio campeonato com o objectivo de elevar a sua reputação, e os esforços realizados no sentido de o país ter uma palavra a dizer na Liga dos Campeões Asiática.
O grupo de retalho chinês Suning Commerce Group Co Ltd é um desses exemplos. Em 2013 deu o primeiro passo neste sentido ao adquirir o serviço de streaming de vídeo PPTV (que não está relacionada com a empresa de Joaquim Oliveira). Em 2015, comprou os direitos de transmissão da primeira liga espanhola de futebol, por 250 milhões de dólares (aproximadamente 291 milhões de euros), durante cinco anos, referentes às épocas 2015-2020. Mais recentemente, em junho, comprou perto de 70% do Inter de Milão, por 270 milhões de euros, para reerguer o clube italiano e retomar o caminho trilhado por José Mourinho, aquando a sua passagem por Itália, ao conquistar duas ligas italianas de futebol e uma Liga dos Campeões.
A recente loucura chinesa pelo futebol não se fica pelos investidores e pelo volume de negócios. Até o Presidente chinês Xi Jinping disse ter uma obsessão pelo desporto, incentivando uma aposta clara neste setor, quer seja em território nacional, quer seja no estrangeiro.
E pode dizer-se que os investidores chineses estão a ouvir os apelos do seu líder. Ou não fossem os euros gastos por um consórcio chinês no AC Milan. Em julho deste ano, Berlusconi informou a imprensa que um consórcio chinês iria pagar pelo menos 400 milhões de euros no decorrer dos próximos dois anos pelo clube.
Em Portugal, se bem que numa escala imensamente inferior, a realidade não é diferente e o SAPO 24 até já deu conta de uma situação deste género.
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