O Ministério Público (MP) acusou um advogado e um empresário de futebol do crime de abuso de confiança agravado por alegadamente terem burlado três treinadores lusos, um deles Jorge Maciel, atual adjunto do Lille. A notícia é avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias (JN).
Segundo a acusação do MP, os técnicos (Jorge Maciel, Baltemar Brito e José Moreira) foram burlados em 14 mil euros de honorários e de traduções, valores aos quais ainda se somam 4 mil francos suíços (3.240 euros) em taxas de Justiça da FIFA — sendo que o organismo que tutela o futebol mundial além de não cobrar por estas taxas não regista qualquer ação neste sentido.
O processo visa um período de 4 meses em que os três treinadores aceitaram rumar ao Al-Ittihad Club, de Trípoli, na Líbia, clube que os iria despedir sem justa causa em 2013. Face a essa situação, entraram em contado com um empresário (Rodolfo Vaz) que terá encetado contactos com o advogado (Duarte Costa) para avançar com uma ação na FIFA para receberem as verbas estipuladas no contrato.
Escreve o JN que o advogado terá dito a Jorge Maciel que o clube líbio acordou pagar 65 mil euros, mas este último nunca viu o dinheiro e, apreensivo, contratou outro profissional — para descobrir que nenhum processo deu entrada na FIFA. Após novas queixas, o organismo mundial obrigou o Al-Ittihad Club a pagar 45 mil euros a Maciel e 150 mil a Baltemar Brito (que tinha assumido o papel de treinador principal na altura da contratação da equipa técnica portuguesa).
O jornal adianta que houve uma queixa inicial que dava conta de que o agente e advogado ficaram com 65 mil euros alegadamente pagos pelo clube líbio (em 2014), mas o caso seria arquivado pois o MP considerou que existiam falta de provas.
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