No terreno ‘sagrado’ de Wembley, o ‘onze’ de Gareth Southgate logrou, finalmente, colocar a formação dos ‘três leões’ no jogo decisivo de um campeonato da Europa, que vai disputar domingo com a Itália, em busca de repetir o título Mundial de 1966.
A formação dinamarquesa até se adiantou, num soberbo livre direto Mikkel Damsgaard, ‘disfarçado’ de Christian Eriksen, aos 30 minutos, mas um autogolo de Simon Kjaer, o 11.º no Euro2020, aos 39, empatou o jogo e, no tempo extra, Kane resolveu aos 104.
O avançado do Tottenham viu o ‘gigante’ Kasper Schmeichel, autor de uma exibição ao melhor estilo do pai Peter, deter-lhe o penálti, mas não a recarga, que acabou por dar o triunfo à seleção que mais fez por isso, que mais mostrou querer ganhar.
A Dinamarca, campeã em 1992, provou, ainda assim, que não foi por acaso que chegou às meias-finais, embora, mais desgastada, não tenha criado qualquer ocasião de perigo em toda a segunda parte ou no prolongamento, que os ingleses dominaram.
Em relação aos ‘quartos’, Gareth Southgate fez apenas uma alteração na equipa inicial, trocando, no lado direito do ataque, Jadon Sancho por Bukayo Saka, enquanto Kasper Hjulmand não mexeu no ‘onze’ da Dinamarca.
Os ingleses entraram por cima, com Sterling e Kane muito ativos e rematadores, mas a Dinamarca assentou o seu jogo depois do quarto de hora e respondeu em remates de Hojbjerg, Braithwaite e Damsgaard, nenhum dos quais com grande perigo.
O primeiro grande momento do jogo foi, assim, o golo com que a Dinamarca se adiantou no marcador, aos 30 minutos: após falta de Shaw, Damsgaard, ao melhor estilo de Eriksen, marcou superiormente um livre direto, com um ‘tiraço’ de pé direito.
A Inglaterra não acusou, no entanto, o golo e quase igualou aos 38 minutos, com Saka a desmarcar Kane e este a centrar da direita para o remate de Sterling, que só não marcou devido a uma grande defesa de Schmeichel.
Mas, o golo do empate só tardou mais um minuto, pois, aos 39, Kane fez um magnífico passe a solicitar Saka, que, na direita, centrou para a pequena área, onde Simon Kjaer se antecipou a Sterling, mas para fazer o 11.º autogolo do Euro2020.
O jogo foi equilibrado até ao intervalo e assim se manteve no início da segunda parte, com a Inglaterra a ter a uma grande ocasião aos 55 minutos, num cabeceamento de Maguire, após livre de Mount, que Schmeichel ‘voou’ junto ao poste direito. Sucederam-se remates sem perigo, mais dos ingleses.
Isto levou a que Hjulmand fizesse três alterações aos 67 minutos, trocando Stryger, Damsgaard e Dolberg por Wass, Poulsen e Norgaard – depois ainda os esgotados Christensen e Delaney por Anderson e Jensen -, com Southgate a responder apenas com Grealish, em vez de Saka.
Na parte final, a Inglaterra, melhor fisicamente, tornou-se mais ofensiva, mostrando sempre ser a seleção com mais vontade de evitar o prolongamento, mas não conseguiu criar nenhuma grande ocasião, esbarrando consecutivamente na defesa dinamarquesa.
A formação dos ‘três leões’ manteve-se determinada a marcar no prolongamento, com Kane a voltar a testar Schmeichel, para, já com Henderson e Foden nos lugares de Rice e Mount, ser a vez de Grealish e ainda de Sterling.
Os ingleses tanto insistiram que, aos 102 minutos, Sterling ‘cavou’ um penálti, em jogada na área com Maehle e Jensen: chamado a bater, Kane não conseguiu bater o ‘gigante’ Schmeichel, que defendeu sobre a esquerda, mas já não podia segurar a recarga.
Na resposta ao golo, Hjulmand lançou o avançado Wind, enquanto Southgate colocou Trippier – retirando Grealish, entrado aos 69 minutos – para jogar com uma defesa a cinco a segunda parte do prolongamento, dando mais a iniciativa aos dinamarqueses.
Os nórdicos só conseguiram, porém, um remate sem grande perigo de Braithwaite e um par de cantos, com a Inglaterra a conseguir também várias posses de bola de minutos, com a melhor oportunidade a ser ainda de Sterling, em ‘cima’ dos 120.
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