‘Dragões’ e ‘leões’ somam ambos 16 triunfos na segunda prova mais importante do calendário nacional, num ‘ranking’ liderado pelo Benfica, com 26, pelo que o êxito na 79.ª edição isolará o vencedor no segundo lugar.
O FC Porto começou 2018/19 a ganhar, impondo-se ao Desportivo das Aves na Supertaça, por 3-1, em Aveiro. Posteriormente, o Sporting engordou a sala de troféus com a Taça da Liga, em Braga, batendo precisamente o rival ‘azul e branco’, no desempate por penáltis (3-1), depois do 1-1 no temo regulamentar.
Este vai ser o quarto jogo entre ambos em 2018/19: o FC Porto desempatou – após empates em Alvalade e na final da Taça da Liga –, com um triunfo, ainda que inconsequente, há uma semana, por 2-1, na última jornada da I Liga.
Os rivais já se encontraram por 39 vezes na Taça de Portugal, quatro delas em finais, com os oponentes a repartir igualmente o número de triunfos, dois para cada.
A arbitragem estará a cargo do árbitro portuense Jorge Sousa, de 43 anos. Nuno Manso e António Godinho serão os auxiliares, e Rui Costa estará no VAR com os assistentes Paulo Soares e Nuno Almeida. Carlos Xistra terá o papel de quarto árbitro.
As equipas entram em campo, no Estádio Nacional, em Oeiras, às 17h15.
A Final que pode relançar 'leões' e confortar 'dragões'
De um lado do relvado do Jamor, o FC Porto, que só ‘entregou’ o título de campeão na última jornada, após uma intensa luta com os ‘encarnados’. Do outro, o Sporting, que um ano depois do ‘trauma’ de Alcochete já contabiliza uma Taça da Liga, provando resiliência que poucos esperavam.
O Sporting, que começou a pré-época com José Peseiro — após uma passagem fugaz de Sinisa Mihajlovic ainda com Bruno de Carvalho –, encontrou com o holandês Marcel Keizer alguma tranquilidade, vencendo a Taça da Liga e garantindo o terceiro lugar no campeonato.
Já o FC Porto seguiu o trabalho feito por Sérgio Conceição na época anterior e esteve em bom plano nas várias frentes em que esteve envolvido, apesar de alguma inconsistência a nível interno — perdeu vantagem de sete pontos sobre o Benfica.
Após vencer a Supertaça no início do ano, o FC Porto foi o clube português que melhor esteve na Europa, só travado pelo Liverpool nos quartos de final da Liga dos Campeões, e chega a duas finais nacionais.
A vitória dos ‘dragões’ no Estádio Nacional será um conforto para uma época em que lutou por todos os títulos nacionais até ao último jogo. A derrota deixa o clube do Porto mais uma vez sem nada para acrescentar à sua vitrina de troféus, mantendo o fraco pecúlio de apenas três títulos em seis anos — duas Supertaças e um campeonato.
A vitória do Sporting era ‘impensável’ há um ano, quando o clube estava em plena crise, com o ataque a Alcochete, as rescisões de metade da equipa e a turbulência do afastamento do então presidente Bruno de Carvalho. Se acontecer, pode relançar os ‘verdes e brancos’ para outro patamar.
A Keizer ninguém pedia muito mais, uma vez que chegou a meio da época e pode ‘fechá-la’ com dois troféus, o que já não se vê em Alvalade há 17 épocas, além de ter Bruno Fernandes, que marcou em todos os jogos da Taça, em grande forma.
Já Sérgio Conceição, teve uma época de bom nível, à qual falta, de facto, o conforto de um troféu.
Na I Liga, fez 85 pontos, o que chegava para ser campeão nos dois anos anteriores. Na Liga dos Campeões, atingiu os quartos de final, onde foi eliminado pelo Liverpool, finalista da prova. E na Taça da Liga disputou a final, que só perdeu para o Sporting nas grandes penalidades.
Um aliciante extra, para os dois adversários: para qualquer um deles, será a 17.ª Taça de Portugal, ‘desempatando’ no segundo lugar do palmarés da prova.
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