Desde o final do ano passado, o treinador de origem catalã tem comparecido nas partidas da sua equipa e nas conferências de imprensa com um laço amarelo na lapela, simbolizando o seu apoio aos políticos catalães pró-independência detidos.
Em comunicado, a FA sublinha que a utilização deste símbolo político colide com o seu regulamento, tendo dado a Pep Guardiola até 05 de março às 18:00 hora local (mesma hora em Lisboa) para se explicar.
Em dezembro, o treinador natural de Santpedor, na Catalunha, já explicou que passou a utilizar o laço amarelo em protesto por detenções que considera “injustas”.
“Se me quiserem suspender por isso, ok”, acrescentou, reagindo a um comentário feito então pelo treinador português do Manchester United, José Mourinho, para quem o seu homólogo do Manchester City não deveria ser autorizado a comparecer com aquele símbolo político.
“Se as regras autorizassem a fazê-lo, nesse caso seria livre de o fazer. Mas não creio que as regras permitam mensagens políticas no terreno de jogo”, disse o português.
Oriol Junqueras, ex-presidente do Governo regional, Jordi Sanchez, ex-presidente de uma associação cívica pró-independência que agora é deputado regional, e Jordi Cuixart, presidente de outra associação cívica independentista, são os três separatistas catalães ainda detidos em Espanha.
Os três independentistas detidos são acusados de delitos de rebelião, sedição e peculato no quadro da tentativa de secessão da Catalunha que terminou, a 27 de outubro do ano passado, com a proclamação unilateral da “República catalã”.
O Governo espanhol anunciou no mesmo dia a dissolução do parlamento regional, a destituição do executivo regional liderado por Carles Puigdemont e a marcação de eleições para 21 de dezembro último, vencidas pelo Cidadãos, embora os independentistas tenham mantido a maioria.
Comentários