“Sabemos que existe um leque enorme de atletas que podem ser medalha. Alguns já o foram nos Jogos em K1 e eu ainda não, pelo que a pressão está mais para eles. As expetativas são as de conseguir ter um bom desempenho, chegar lá na melhor forma física e psicológica. Acordar nos dois dias superbem disposto. E que aqueles fatores que correram menos bem no Rio2016 que seja diferente e agora estejam do nosso lado”, disse.

Fernando Pimenta vai entrar em prova no dia 02 de agosto, nas qualificações, em busca de um lugar na final, marcada para o dia seguinte dos Jogos, que vão ser disputados entre sexta-feira e 08 de agosto.

Em declarações à Lusa, o canoísta limiano, vice-campeão olímpico em K2 1.000 em Londres2012, com Emanuel Silva, que foi ainda quinto em K1 1.000 e sexto em K4 1.000 no Rio, destacou os adversários de Hungria, Alemanha, Austrália, Bielorrússia, Rússia e China como os maiores obstáculos ao desejo da glória olímpica em K1.

No Rio2016, o luso assumiu a liderança da prova no arranque, porém acabou por perder lugares até cair para quinto, atribuindo essa quebra de rendimento ao facto de ter apanhado algas no seu leme, que prejudicaram o seu desempenho.

Com 104 pódios internacionais no currículo, desvalorizou a pressão que os portugueses exerçam pelo seu êxito no Japão, apesar de as encarar como normais, “provocadas pelos resultados durante todo o ciclo olímpico”.

“Não pode ter peso nenhum, pois para peso já basto eu, o caiaque e a pagaia, que parece leve mas nos metros finais é muito pesada. Temos de ir descontraídos, tranquilos e, claro, com ambição e muita vontade de competir e dar o nosso melhor para conquistar um excelente resultado”, frisou.

Pimenta, que tem como ponto menos forte a capacidade de reação nos metros finais, entende que foi o precursor da mudança tática das provas de K1 1.000, agora seguido pelos principais candidatos.

Recordou que a partir de 2011 passou a assumir “uma saída muito forte, manter o ritmo muito alto e gerir a prova na parte final”, quando anteriormente o meio da regata era mais lento, em jeito de poupança para o ‘sprint’.

A dias de completar 32 anos, em 13 de agosto, o canoísta do Benfica revelou o sentimento de estar a atingir o “ponto alto” da sua carreira e do seu desempenho, assumindo que espera chegar a Tóquio2020 “numa das melhores formas” de sempre.

Qualquer que seja a sua classificação, assumiu que vai estar de “consciência tranquila”, pelo trabalho realizado com o seu treinador Hélio Lucas e pelo modo de estar no desporto, um dos motivos pelos quais quer “desfrutar” da competição no Japão.

“Provavelmente a maior medalha que podia ter já a tenho, uma Margarida. Os resultados desportivos são importantes, mas das coisas mais importantes é a nossa vida pessoal”, sentenciou Pimenta, que foi pai em fevereiro.

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