“Houve aquele impacto durante um a dois anos, mas felizmente essa autoestima já está acima e não se nota tanto. Vamos defender um título que é nosso e essa é a grande diferença de hoje para o passado. Depois, temos de aumentar os níveis de confiança, porque sabemos que é algo possível de ser alcançado e não apenas um sonho”, frisou o técnico, em declarações ao sítio oficial da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Em 10 de julho de 2016, no Stade de France, em Paris, o avançado Éder anotou o golo mais importante da história do futebol português, ao disparar aos 109 minutos da final frente à anfitriã França para oferecer o primeiro título de campeão europeu a Portugal, numa realidade que a equipa das ‘quinas’ pode replicar se “não fizer ao contrário”.
“Isto é, antes era um sonho e duvidávamos se era possível torná-lo realidade e esse, provavelmente, era um dos nossos problemas. Agora, se voltarmos a pensar que é só um sonho e deixarmos de ter os pés no chão, de saber que para ganhar é preciso trabalhar muito, ter organização e qualidade e um grupo coeso, então já lá não chegamos”, avisou.
A pandemia de covid-19 adiou o Europeu de 2020 por um ano, para o período entre 11 de junho e 11 de julho de 2021, repartido por 12 nações diferentes, onde Fernando Santos acredita que Portugal não vai “abandonar as suas qualidades” e prosseguirá a “transformação natural” de uma seleção que arrecadou a edição inaugural da Liga das Nações em 2019.
“Se não achasse que tínhamos condições para ganhar, não teria aceite o convite do presidente [Fernando Gomes], que me deixou muito satisfeito, no sentido de ser o prolongamento de algo que começou e quer que se mantenha no seu mandato”, resumiu o selecionador, que estendeu, em 16 de junho, o vínculo com a FPF até 2024.
Após quatro anos como selecionador da Grécia, Fernando Santos, de 65 anos, abraçou o comando técnico luso em setembro de 2014 para render Paulo Bento, tendo adicionado dois troféus continentais, um terceiro lugar na Taça das Confederações de 2017 e a eliminação nos oitavos de final do Mundial2018 aos pés do Uruguai (2-1).
Aportando um inédito estatuto de detentora do título, a seleção nacional qualificou-se para a fase final do Euro2020 e foi sorteada no ‘grupo da morte’, em conjunto com a campeã mundial França, a Alemanha e um oponente oriundo dos ‘play-offs’, numa série que será disputada entre a cidade germânica de Munique e a capital húngara Budapeste.
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