Em declarações a um grupo de repórteres na sede da FIFA, Infantino deixou o aviso de que os melhores jogadores do mundo serão punidos se abandonarem as competições oficiais reconhecidas pelo organismo para integrarem uma liga privada.
“Ou estás dentro ou estás fora. Está tudo incluído”, alertou o italiano, enumerando não só o Campeonato do Mundo, mas também os Europeus de seleções e os campeonatos nacionais como competições nas quais os jogadores poderão ser excluídos.
Onze clubes históricos das cinco principais ligas europeias – Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália e França –, com mais cinco equipas desses países convidadas, trabalham na possibilidade de criar uma Super Liga de 16 equipas para começar em 2021, substituindo a Liga dos Campeões e fugindo do controlo da UEFA.
“Se sais, sais definitivamente. Não podes ficar com um pé dentro e outro fora”, reforçou o diretor jurídico da FIFA, Alasdair Bell, que, tal como Infantino, pertenceu aos quadros da UEFA durante muito tempo, mudando os prémios monetários da Liga dos Campeões e as regras de entrada para favorecer os clubes de elite e impedir ameaças separatistas.
Infantino, presidente da FIFA desde 2016, já planeou a criação de um renovado Campeonato do Mundo de clubes de 24 equipas, com 12 europeias, que acredita ser a solução para “impedir qualquer tentativa de pensar sequer na possibilidade de uma liga desse género”.
O plano do novo Campeonato do Mundo de clubes seria não só lucrativo para os clubes participantes, como a FIFA também disporia de 25% da receita para partilhar globalmente com federações como o Haiti, "que não tem nada", ou a Mongólia, "que tem três fusos horários e apenas dois estádios”, analisou Infantino.
Um grupo de trabalho da FIFA irá avaliar uma renovação de competições, incluindo um novo evento para todas as seleções disputarem a cada dois anos, com Infantino à espera de uma decisão sobre o assunto no Conselho da FIFA em Miami, a realizar em Março de 2019.
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