A França, que disputa com Budapeste, Los Angeles e Roma a atribuição da organização dos Jogos Olímpicos, apresentou quinta-feira ao Comité Olímpico Internacional (COI) o programa financeiro, jurídico e organizacional de suporte à organização dos Jogos Olímpicos de 2024.
“O Estado disponibilizará dois terços do financiamento público, mil milhões de euros, para custear a construção de equipamentos e outro tipo de infraestruturas que servirão as populações no longo prazo”, afirmou Valls, acrescentando que os fundos serão desembolsados “entre 2018 e 2014”.
Menos espetacular do que a primeira fase, dedicada à apresentação das instalações desportivas e do projeto global de cada uma das candidaturas, esta segunda é, provavelmente, a mais importante para o COI.
Nesta segunda fase de candidatura, Budapeste, Los Angeles, Paris e Roma devem apresentar garantias que os Jogos Olímpicos de 2024 serão suportados financeiramente, independentemente de alterações políticas ou reveses económicos.
O chefe de governo francês destacou que um dos maiores beneficiários será o subúrbio de Seine-Saint-Denis, um dos mais pobres em França, que herdará as cinco mil habitações que acolherão a aldeia olímpica durante os Jogos.
Para além do orçamento organizacional, praticamente inalterada em relação à última edição, de cerca de 3,2 mil milhões de euros, financiados a 100 por cento pelo ‘marketing’, bilheteira, COI e do programa de apoio nacional, os candidatos deverão ter fornecido nesta fase garantias para cobrir os montantes destinados às infraestruturas sustentáveis.
Paris - que mostra possuir 95 por cento dos equipamentos necessários, apresenta um orçamento de três mil milhões de euros, divididos entre apoios públicos e privados - compromete-se à construção de uma aldeia olímpica, um centro aquático e um estádio.
Los Angeles, que alterou consideravelmente o seu projeto inicial, ainda não divulgou o seu orçamento, mas assegurou que irá ser financiado exclusivamente por fundos privados e por mecenas em caso de vitória da candidatura norte-americana.
A candidatura húngara de Budapeste apresenta como garantia ao COI uma carta assinada pelo primeiro-ministro Viktor Orban, defensor acérrimo da candidatura aos Jogos Olímpicos de 2024, e que assegura a construção das infraestruturas necessárias com fundos provenientes do Estado.
Se Roma submeteu o seu projeto financeiro, jurídico e organizacional, tal deveu-se apenas a uma questão de honra, uma vez que a nova presidente da câmara, Virginia Raggi, negou já o seu apoio à candidatura da capital italiana.
O próximo passo das candidaturas sobreviventes será dado com a apresentação no COI, em fevereiro do próximo ano, de um novo documento relacionado com a experiência na promoção dos JO e a herança olímpica, seguindo-se em maio a visita do Comité de Avaliação às cidades candidatas.
A votação final está prevista para 13 de setembro do próximo ano, em Lima.
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