Francisco J. Marques falava durante a apresentação do livro, que assina em coautoria com o comentador do Porto Canal Diogo Faria, reafirmando acreditar que a alegada atuação do clube ‘encarnado’ acabará punida, tanto no âmbito da justiça desportiva, como da civil e da criminal.
“As trapalhadas são tantas que me parece completamente irreal que o Benfica possa escapar ileso. Todas as semanas têm sido conhecidas novas práticas muito duvidosas. São tantas coisas que me parece impossível que não venha a acontecer nada. Acima de tudo está-se a ferir a forma como os adeptos de futebol olham para a competição. É o futebol português que está em causa”, disse Francisco J. Marques.
O diretor de comunicação dos ‘azuis e brancos’ e ex-jornalista de Público, Jornal de Notícias e agência Lusa, entre outros, reiterou que o livro se baseia em factos, garantiu que serão feitas mais revelações e reafirmou que já entregou o material de que dispõe sobre este caso à Polícia Judiciária.
“Os adeptos do Benfica são as maiores vítimas deste embuste. Já o foram no passado, com um outro presidente, e depois carpiram mágoas e acho que pode voltar a repetir-se. [Luís Filipe Vieira] é o máximo responsável [por este polvo encarnado]”, disse Francisco J. Marques, respondendo a uma questão sobre quem quer personificar com a expressão que serve de título à obra.
Dividido em oito capítulos, ‘O Polvo Encarnado’ dedica cada um dos capítulos, designados ‘tentáculos’, a um tema: o controlo das instituições do futebol, a arbitragem, a justiça desportiva, a imprensa, as cartilhas, a BTV [Benfica TV], as claques e os regimes.
Diogo Faria afirmou que o livro “aprofunda as revelações que têm sido feitas ao longo dos meses” – referindo-se ao conteúdo de emails de dirigentes e pessoas ligadas ao Benfica divulgados por Francisco J. Marques no Porto Canal, e que revelam alegados atos de influência dos ‘encarnados’ – e disse que os documentos que servem de base a este livro “têm origem em tempos mais recuados”.
“Recuamos até ao início deste século, até ao tempo em que Luís Filipe Vieira entrou para a administração da SAD do Benfica ainda na presidência de Manuel Vilarinho e verificamos que ao longo destes 15 anos foram-se verificando redes, teias e interesses que têm o Benfica como principal beneficiário. O papel deste livro é mais do que fazer novas revelações, é sistematizar”, concluiu o autor.
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