O jogador das Caldas da Rainha, 182.º colocado no ‘ranking’ ATP, viajou desde Doha, onde venceu três encontros do ‘qualifying’ e assegurou, pela primeira vez, o acesso ao quadro principal do Open da Austrália, num voo em que foi detetado um caso positivo ao novo coronavírus, tendo sido obrigado então a cumprir isolamento.
Os 14 dias de quarentena terminaram às 23:00 de sábado, depois de “momentos complicados, especialmente por saber que havia outros jogadores a poder sair e treinar”, e hoje, pelas 11:00, Frederico Silva regressou aos treinos.
“Soube bem voltar ao campo. Naturalmente, senti bastante a falta de ritmo, mas fiquei contente por voltar ao ‘court’. Soube muito bem sair do quarto. A sensação de termos completado o isolamento e de estarmos livres para finalmente preparar o torneio foi muito boa”, contou à agência Lusa.
O jovem esquerdino, de 25 anos, treinou com o norte-americano Maxime Cressy (170.º ATP) durante a manhã, enquanto o boliviano Hugo Dellien (112.º ATP) foi o seu parceiro na sessão da tarde.
“A ideia foi só mesmo bater na bola e tentar ao máximo recuperar as sensações. Tentámos que não fosse um treino muito exigente a nível físico para o corpo se ir adaptando ao esforço gradualmente, depois de tantos dias sem ir a um campo”, explicou.
Depois de dois dias de treino em ‘court’, “bem mais rápidos que no ano passado”, Frederico Silva estreia-se na terça-feira no ATP 250 Murray River Open, torneio de preparação para o ‘major’ australiano, frente ao checo Jiri Vesely, número 69 da hierarquia mundial.
“O primeiro objetivo é manter-me sem lesões e voltar a ganhar a forma. Foram muitos dias num quarto e, apesar de querer fazer um bom torneio, sei que, provavelmente, não vou estar na melhor condição e que o objetivo principal vai ser estar bem na próxima semana, no Open da Austrália. O meu adversário tem treinado, gosta muito destas condições rápidas e seria um encontro difícil em qualquer situação”, frisou, acrescentando a intenção de “preparar a partida da melhor forma e fazer um bom jogo.”
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