“Vi o que toda a gente viu. Vi o que as figuras do universo do FC Porto falaram. Constato que, após 40 anos, acordaram para a vida. Quem têm em casa e quem andaram a endeusar durante décadas”, disse, à chegada à 41.ª edição dos Rugidos de Leão, que decorre hoje na Quinta do Paul, em Ortigosa, Leiria.

Frederico Varandas, que explicou que sobre o Sporting falaria durante a cerimónia, comentou a Assembleia Geral (AG) extraordinária do FC Porto, marcada pela confrontação entre sócios, que levou à suspensão da reunião magna.

“O clube está refém de uma guarda pretoriana, mas acho que é preciso ter coragem de dizer que essa guarda pretoriana não é o verdadeiro problema, mas sim quem durante décadas os alimentou e lhes deu poder”, sublinhou Frederico Varandas.

O presidente dos ‘leões’ defendeu ainda que “quem manda esta guarda pretoriana fazer isto contra adversários, árbitros, jornalistas, quando é preciso também faz contra os próprios sócios”.

“Tem um nome e vem em qualquer manual das Ciências Sociais”, disse Varandas, escudando-se a responder sobre se estaria a falar de Pinto da Costa, presidente do FC Porto.

No dia seguinte à AG, a direção do FC Porto condenou os desacatos e garantiu que vai utilizar “os meios que tem ao alcance para identificar os responsáveis pelas agressões físicas e mobilizará os órgãos sociais”, visando a abertura de processos disciplinares, enquanto o Ministério Público (MP) instaurou um inquérito às ocorrências notadas no Dragão Arena.

Na quinta-feira, a proposta de revisão dos estatutos do FC Porto, que deveria ter sido deliberada pelos associados dos ‘dragões’ na segunda-feira, foi retirada pelo Conselho Superior.

O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) dos ‘dragões’, José Lourenço Pinto, deverá agora, na qualidade de presidente da MAG, consumar os procedimentos legais para anular a reunião magna que tinha sido adiada para a próxima segunda-feira.