Susana Ribeiro, melhor golfista portuguesa de sempre, três vezes campeã nacional a nível profissional (outras tantas como amadora), Leonor Bessa, atual campeã nacional de profissionais (duas vezes campeã nacional amadora), Leonor Medeiros, 16 anos e Sofia Barroso Sá, 15, respetivamente, campeã e vice-campeã nacional amadora, vão entrar para a história do golfe nacional como sendo as primeiras mulheres a competirem na Taça Manuel Agrellos.
Esta é uma das novidades da Ryder’s Cup à portuguesa, que coloca em confronto as seleções nacionais da Federação Portuguesa de Golfe e da PGA de Portugal e que decorre nos dias 2 e 3 de julho, no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela.
À 7ª edição as duas seleções que representam, de um lado os amadores a caminho da profissionalização, do outro, o alto rendimento, vão contar, pela primeira vez, com jogadoras integradas em equipas mistas. Uma inclusão que por si só constitui uma “medida revolucionária”, define a organização do evento. Pois no golfe “existe a Ryder Cup (masculina) e a Solheim Cup (feminina) que não se misturam”, salientam em comunicado, ressalvando, no entanto, que o GolfSixes Cascais, do European Tour contou, este ano, com “equipas femininas, mas em confronto direto com conjuntos masculinos”.
A “intenção e a vontade” de abrir nesta prova as portas do green às senhoras não é de agora. “Esteve sempre presente. Felizmente este ano conseguimos reunir as condições necessárias para termos quatro jogadoras disponíveis nesta data”, assegurou José Correia, presidente da PGA de Portugal, associação que representa os jogadores profissionais. “Atualmente temos jogadoras a competir internacionalmente em circuitos profissionais. Compete-nos dar continuidade a esse processo e abrir perspectivas de carreira às amadoras”, reforçou Nelson Ribeiro, selecionador nacional.
Nova data favorece trabalhos das seleções
Outra das novidades da Taça Manuel Agrellos passa, este ano, pela alteração da data. Anteriormente disputada em dezembro, como se de um encontro All-Star se trata-se, reunindo os melhores jogadores portugueses, a mudança para o início do mês de julho posiciona a prova no calendário desportivo “num momento favorável ao planeamento do trabalho das seleções, acrescentando-lhe valor”, explicou o selecionador nacional, Nelson Ribeiro. “A nova data vai claramente ao encontro do calendário das seleções nacionais da FPG” sendo que fará “parte do programa de preparação (estágios) das seleções para três Campeonatos da Europa (sub-16, sub-18 e escalão principal)”, reforçou José Correia.
Ricardo Melo Gouveia, Pedro Figueiredo, Ricardo Santos, Filipe Lima, Tomás Melo Gouveia, Tiago Rodrigues e Tomás Bessa “estarão a competir internacionalmente”, facto que os impede de estarem presentes alertou José Correia, que conta com Tomás Silva, campeão nacional de profissionais. Por sua vez, Pedro Lencart, campeão nacional amador em 2016 e 2018, a competir no circuito universitário dos Estados Unidos da América, e Daniel Rodrigues, atual campeão nacional, são as grandes estrelas da equipa amadora. “Será uma oportunidade para reunir o presente e futuro do golfe nacional”, garantiu José Correia.
A seleção nacional de amadores da FPG ganhou as duas primeiras edições do torneio, em 2012 e 2013, enquanto os profissionais da PGA de Portugal venceram as quatro edições seguintes, entre 2014 e 2017. Em 2018, a prova não se realizou por as partes não terem chegado a um acordo sobre as datas.
Paralelamente irá decorrer no mesmo campo do Montado, em simultâneo com a Taça Manuel Agrellos, o Campeonato Nacional Drive School e Prof, uma iniciativa da FPG que junta 48 alunos dos 3.º e 4.º anos de escolaridade que têm golfe nas suas escolas, e 24 professores.
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