Não são necessariamente os piores jogadores da história do futebol, mas no momento em que pisaram os relvados na liga inglesa estiveram muito longe de convencer alguém do seu real valor. A revista Four Four Two (FFT) publicou um ranking dos 50 piores jogadores da história da Premier League e a lista abre com um nome bem conhecido dos adeptos portugueses: Radamel Falcao.
O colombiano, estrela do FC Porto, Atlético Madrid e Monaco, foi um ‘flop’ nas duas temporadas em que esteve em terras de Sua Majestade, onde passou pelo Manchester United e Chelsea. A prestação do avançado foi de tal maneira paupérrima que a FFT foi as contas para determinar que os red devils pagaram 4,68 milhões de euros por cada golo e os blues 310 mil euros por cada remate. No entanto, sublinha a revista, por muito ridículos que sejam estes números esta é uma história desesperante de uma transferência que ignorou a realidade de um jogador após uma lesão grave no joelho.
Mais à frente, no 30º lugar, surge um dos nomes míticos do futebol nacional, curiosamente, também um ex-avançado do FC Porto: Mário Jardel. A passagem pelo Bolton do duas vezes Bota de Ouro, que em Portugal representou leões e dragões, foi considerado uma desilusão. A Four Four Two escreve: “Deve ser assim que os adeptos da MLS costumam sentir-se quando jogadores cansados e semi-reformados vão para a sua liga depois dos seus melhores tempos”.
O brasileiro que partiu para Inglaterra depois de duas temporadas de leão ao peito é descrito como uma “anedota” para os adeptos ingleses, enquanto em Portugal continuará sempre “imortal”.
Antigos avançados que passaram por Portugal estão em evidência neste ranking. Na 22ª posição encontramos o nome de Kostas Mitroglou. Se em Portugal o nome do grego era sinónimo de alegria para os benfiquistas, em Inglaterra “não era nada”. Aquela que na altura foi a contratação mais cara da história do Fulham fez apenas três aparições com a camisola do clube, todas elas pouco memoráveis.
Outro nome bem conhecido dos portugueses é o de Ricky Van Wolfswinkel, antigo avançado do Sporting CP. O holandês teve um início promissor ao marcar na estreia pelo Norwich, em 2013, mas a seca de 24 jogos que se seguiu apagaram-lhe o futuro em Inglaterra.
Quando chegamos ao top-10 dos piores de sempre encontramos o único nome português da lista: Tiago Manuel Dias Correia, mais conhecido por Bebé. A FFT classifica a chegada do extremo como “uma das transferências mais desconcertantes da história do futebol inglês”. Contratado por 8,8 milhões de euros tornou-se cedo numa caso de estudo quando o próprio Alex Ferguson admitiu nunca o ter visto jogar.
Bebé fez sete jogos pelo United e marcou dois golos e pareceu sempre muito distante da restante equipa.
O ranking culmina em Ali Dia, considerado o pior jogador de sempre a atuar na Premier League, uma história que se diz “ridícula, independentemente do número de vezes que é contada”. Segundo a FFT, Dia foi chamado a fazer testes numa série de equipas depois de ter afirmado ser primo do antigo Bola de Ouro George Weah. Nenhuma equipa aceitou contratá-lo depois de o terem visto jogar até que Graeme Souness, treinador do Southampton, que dois anos depois viria a assumir o comando técnico do Benfica, mordeu o isco.
Após uma lesão de Matt Le Tissier, Dia foi atirado para dentro de campo num jogo diante do Leeds. O atacante senegalês conseguiu correr durante 52 minutos sem qualquer rumo, segundo a revista, e acabou por ser substituído. Le Tissier, o avançado titular, chegou mesmo a dizer que achava que Dia estava a tentar fugir da bola.
O jogador desapareceu do plantel do Southampton e viria a ser contratado, mais tarde, pelo Gateshead onde jogou oito jogos e marcou dois golos. Depois “desapareceu da face da terra”. “Supostamente mora em Londres, portanto, se vir alguém com uma camisola vintage do Southampton, vagueando sem rumo ligue para Souness”, lê-se no artigo.
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