Lewis Hamilton vai pilotar pela Ferrari a partir de 2025, como noticiado pelo SAPO24, num acordo que vê o sete vezes campeão assinar pela equipa italiana por múltiplos anos. Mas a história da F1 está repleta de 'bombas' que mexeram com o paddock.

Niki Lauda: de 'reformado' a campeão do mundo pela McLaren

Corria o ano de 1979 e, nos treinos do Grande Prémio do Canadá, Niki Lauda informava o seu patrão de equipa na altura, Bernie Ecclestone, de que já não queria "continuar a andar aos círculos". Reformou-se nesse mesmo momento e focou-se na aviação e na sua companhia aérea, a Lauda Air. Três anos fora da F1 poderiam deixar alguns desconfiados sobre a competitividade do austríaco, mas a McLaren bateu à porta e após um teste bem sucedido Lauda começou a competir pela equipa de Woking. O patrocinador na altura, a empresa tabaqueira Marlboro, não tinha a certeza das capacidades de Lauda, mas uma vitória na terceira corrida do campeonato, o Grande Prémio de Long Beach, nos EUA, confirmou as capacidades intactas de Lauda.

Lauda acabou então por vencer o seu terceiro campeonato do mundo em 1984, por apenas meio ponto, após terem sido atribuídos metade dos pontos pelo encurtamento do Grande Prémio do Mónaco. Curiosamente, o campeonato de 1984 foi ganho em Portugal, no circuito do Estoril, quando Lauda terminou atrás de Prost, na segunda posição. Esse resultado de Lauda deveu-se a um problemas de travões de Nigel Mansell, que na sua última corrida pela Lotus viu o chefe da equipa não lhe dar o melhor equipamento, obrigando-o a abandonar.

Michael Schumacher: chegada à Ferrari em 1996, após dois títulos com a Benetton

Schumacher iniciou o seu caminho na F1 em 1991 na Jordan, no Grande Prémio da Bélgica, após a prisão do piloto regular da equipa Bertrand Gachot, que agrediu um taxista londrino. O julgamento, datado uma semana antes do Grande Prémio da Bélgica, não foi favorável a Gachot, que acabou a ser condenado a 18 meses de prisão.

Schumacher, em 1991, acabou por ser contratado pela Benetton onde venceu dois títulos mundiais (1994 e 1995). Mas o ano de 1996 abalou a F1, com Schumacher a assinar pela Ferrari, equipa que não vencia um título mundial há 17 anos. O piloto alemão ainda levou alguns anos a levar a equipa do cavallino rampante à glória e só em 2000 venceu o primeiro campeonato com a Ferrari, 21 anos depois do título de 1979, conquistado por Jody Scheckter.

Fernando Alonso: a meio de vencer dois campeonato, McLaren à vista 

O piloto espanhol criou manchetes quando no inverno de 2005 para 2006, quando tinha vencido o seu primeiro título pela Renault, confirmou que estaria na equipa da McLaren em 2007. Em 2006 venceu mais um título pela Renault e no final do ano rumou à equipa de Woking para 2007.

O que, eventualmente, poderia ser uma mudança de sonho, acabou por não o ser. A fazer parelha com o recém-chegado à F1 Lewis Hamilton, a relação entre os dois não foi a melhor. A tensão cresceu com uma série de problemas, incluindo um bizarro incidente na qualificação do Grande Prémio da Hungria.

O drama fora da pista com o escândalo Spygate apenas contribui para o enredo, com Kimi Räikkönen a derrotar Hamilton e Alonso pelo título mundial, por um ponto apenas. Alonso regressaria à Renault em 2008, enquanto Hamilton permaneceu na McLaren e conquistou o título.

Sebastian Vettel: "Qualquer piloto tem o sonho de competir pela Ferrari"

Entre 2010 e 2013 ninguém parou Sebastian Vettel e a Red Bull Racing. Quatro título mundiais consecutivos, mas a entrada na era turbo-híbrida da F1 (a partir de 2014) não correu bem à parceria. Vettel terminaria o campeonato na quinta posição, atrás do seu novo colega de equipa da altura, Daniel Ricciardo.

O apelo da Ferrari foi ouvido e o alemão mudou-se para a equipa italiana em 2015. Venceu logo na sua segunda corrida de vermelho, mas a Mercedes foi sempre mais forte. Em 2017 e 2018 ainda esteve próximo, mas acabaria como Fernando Alonso uns anos antes, de fora da Ferrari sem ter conquistado um título mundial.