À partida para a deslocação de segunda-feira ao terreno do Estoril Praia, em encontro que encerra a jornada, o Arouca está na iminência de garantir a qualificação para Liga Conferência Europa, naquela que seria a segunda presença do emblema da Serra da Freita em competições europeias, após a participação na Liga Europa, em 2016/2017.
O cenário favorável, que ganhou força com o empate do Famalicão em Vizela (0-0) e após a confirmação de que o Desportivo de Chaves não poderá disputar a vaga internacional, não é suficiente para Evangelista tomar o feito como garantido, mas o técnico não deixou de fazer um balanço das suas três épocas à frente do clube, que começaram com os arouquenses ainda no segundo escalão.
“O Arouca está a lutar por isso, não está na Europa, como é óbvio. Estamos a três jogos do fim e tudo iremos fazer para que isso possa ser possível. Agora, três anos volvidos é gratificante ver como o Arouca cresceu, como equipa técnica crescemos, a evolução dos jogadores. Foram três anos de muito trabalho e, quando paramos um bocadinho para pensar, sentimo-nos orgulhosos. Não podia ser de outra forma”, confessou o treinador, em conferência de imprensa.
Em duelo de equipas ‘canarinhas’, o treinador espera “muitos problemas” frente a um Estoril Praia motivado por conseguir garantir a manutenção na I Liga, caso vença, e que é, a seu ver, uma equipa com “bons executantes” e “bem organizada”.
“Nós sabemos que os jogos nesta fase da época, principalmente contra adversários que ainda podem ganhar algo, tornam-se difíceis, ainda por cima jogando eles em casa e sabendo que o resultado positivo pode dar-lhes aquilo que eles estão à procura. Mas nós somos os quintos classificados e tudo vamos fazer para manter essa posição”, assegurou.
O Arouca vem de duas derrotas consecutivas, frente a Rio Ave (1-0) e FC Porto (1-0), algo que na atual temporada só havia acontecido em janeiro, quando foi batido por Sporting e Benfica, para a Taça da Liga e campeonato, respetivamente, mas Evangelista confia no trabalho mental da equipa para reverter a situação.
“É óbvio que, quando se ganha, as coisas tornam-se mais fáceis. Quando trabalhamos num clube de pequena ou média dimensão sabemos que vamos perder muitas vezes. Por vezes, mais do que aquelas que vamos ganhar e é importante saber lidar com a frustração e sair dela o mais rápido possível. Não adianta ficar frustrados porque isso vai-nos a atrapalhar. Investimos muito tempo em mentalizar estes jogadores para que não percam a autoestima e o foco”, explicou.
Dabbagh, Weverson e Vitinho continuam como baixas confirmadas para o jogo, visto que continuam fisicamente inaptos, ao passo que o ‘capitão’ João Basso está em dúvida, mas viajará para o Estoril com o grupo, na esperança de poder vir a ser utilizado.
O Arouca, quinto classificado da I Liga, com 48 pontos, desloca-se ao Estádio António Coimbra da Mota para defrontar o Estoril Praia, 15.º, com 28, sob arbitragem de Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.
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