A equipa de Andy Farrell ‘só’ precisava de vencer em Twickenham por qualquer resultado, uma vez que a Escócia foi surpreendida pela Itália, em Roma, por 31-29, mas um ‘drop goal’ de Marcus Smith na bola de jogo adiou a festa dos visitantes.
O pontapé de ‘raiva’ do abertura inglês gorou ainda o objetivo dos irlandeses de serem a primeira seleção a vencer dois Grand Slam seguidos desde que o torneio integrou a Itália, em 2000, e passou a ser Seis Nações.
Os irlandeses chegaram ao intervalo a vencer por 12-8, graças a quatro penalidades certeiras de Jack Crowley (02, 19, 34, 40 minutos), em resposta a um ensaio ‘madrugador’ de Ollie Lawrence (03) e uma penalidade de George Ford (16) para os ingleses.
Um ensaio de James Lowe (43) parecia ‘empurrar’ os irlandeses para a festa, mas a Inglaterra reagiu com toques de meta de George Furbank (47) e Ben Earl (59), este transformado por Smith, antes de Lowe (72) voltar a colocar a Irlanda em vantagem (22-20).
Só que Crowley não conseguiu transformar qualquer um dos toques de meta de Lowe, o que obrigaria a Inglaterra a chegar ao ensaio para impedir os irlandeses de fazerem a festa na ‘catedral’ do râguebi inglês, e Smith não vacilou na bola de jogo, conseguindo o ‘drop’ que adiou o previsível título irlandês.
Os irlandeses precisam, agora, de vencer a Escócia em casa, no próximo sábado, mas até um ponto de bónus deve bastar para festejarem.
Para vencer o Seis Nações, a Inglaterra precisaria de vencer a França com ponto de bónus ofensivo, em Paris, que os irlandeses não conseguissem qualquer ponto frente aos escoceses e ainda teriam de recuperar uma diferença de 83 pontos favorável aos irlandeses no ‘goal average’.
Enquanto isso, a Itália bateu a Escócia por 31-29 e colocou um ponto final no ‘sonho’ dos escoceses de lutarem pelo título até à última jornada, ao mesmo tempo que voltou a vencer no Estádio Olímpico de Roma ao fim de 11 anos sem saborear qualquer triunfo em casa no Seis Nações.
Os ‘azzurri’ já somam sete pontos, graças ao empate conseguido na jornada anterior, em França, e ao bónus defensivo conseguido com os ingleses, mas ainda não se livraram definitivamente da ‘colher de pau’.
É que na última jornada há País de Gales-Itália, em Cardiff, e os galeses, que seguem em último lugar, com menos um jogo, terão sempre uma palavra a dizer, independentemente do resultado que conseguirem no domingo, em casa, frente à França, no encontro que encerra a quarta jornada.
A Irlanda lidera a classificação com 16 pontos em quatro jogos, seguida de Inglaterra (12), Escócia (11), Itália (sete), França (seis) e País de Gales (três), estes dois últimos com um jogo a menos, que disputam entre si, no domingo.
No ‘Super Saturday’, em 16 de março, para além do País de Gales-Itália, jogam-se o Irlanda-Escócia e o França-Inglaterra.
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