Questionado pela agência Lusa, o gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, confirmou que “recebeu em audiência o CR Técnico, por solicitação deste” e limitou-se a dizer que está a acompanhar o caso.
“O Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) está a acompanhar a situação, questionando a Federação Portuguesa de Râguebi sobre a matéria em apreço”, diz a resposta enviada por escrito à agência Lusa.
O Técnico acusou hoje a Federação Portuguesa de Râguebi (FPR) de não cumprir as decisões do Tribunal Arbitral do Desporto e apelou à intervenção do Governo para obrigar à reintegração do clube no principal escalão competitivo nacional.
“As autoridades do país também têm voto na matéria nestas questões e achamos que o secretário de Estado da Juventude e do Desporto [João Paulo Correia] podia e devia ter tido uma posição sobre isto”, disse o presidente do Técnico, Pedro Lucas, em conferência de imprensa, em Lisboa.
Em abril, a FPR desclassificou o Técnico da Divisão de Honra de 2021/22 e despromoveu os ‘engenheiros’ ao terceiro e último escalão competitivo nacional por alegada utilização irregular de nove jogadores num encontro com o CDUL.
O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) anulou, em agosto, as decisões da direção e do Conselho de Disciplina (CD) da FPR, que recorreu para o Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) e deu início ao campeonato, em 08 de outubro, sem a participação do Técnico.
O Técnico é um dos clubes históricos do râguebi português, tendo sido fundado em 1963.
Com sede nas Olaias, os ‘engenheiros’ somam, a nível sénior, três títulos de campeões nacionais (1981, 1998 e 2021), quatro Taças de Portugal (1969, 1971, 1973 e 1994) e uma Supertaça (1994).
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