Na sequência do tema principal dos Jogos Paralímpicos deste ano, que começam já na próxima quarta-feira em Paris, ser a inclusão, a abertura será igualmente inclusiva, mas sem "clichês heróicos" associados às pessoas com deficiência, disse o diretor artístico da coreografia de abertura, Thomas Jolly.
"Colocar os atletas paralímpicos no coração da cidade já é um gesto político porque Paris não está suficientemente adaptado a pessoas com deficiência", destacou Jolly durante um workshop em Saint-Denis, onde foram confeccionados os figurinos das cerimónias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos.
“Devemos afastar-nos dos estereótipos de heróis relacionados com as pessoas com deficiência porque não há nada de heróico em enfrentar os desafios quotidianos (...) relacionados às barreiras sociais e urbanas”, acrescentou o diretor.
Considerada como 'paradoxal', a cerimónia tentará valorizar todos os corpos e fazer com que as pessoas reflitam sobre a sua singularidade.
Assim como a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, a abertura paralímpica, marcada para 19h00 de quarta-feira em Portugal, irá acontecer fora de um estádio, na Place de la Concorde e na Champs-Elysées.
A coreografia da abertura estará sob o comando do sueco Alexander Ekman, mundialmente reconhecido pelas mais de 50 criações artísticas e colaborações com a Ópera de Paris e o Boston Ballet.
20 dos 150 bailarinos que irão participar têm algum tipo de deficiência.
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