Em conferência de imprensa de antevisão ao encontro decisivo do torneio, que se está a realizar na Lituânia, o técnico português lembrou que este momento é o culminar de “um processo continuado, que vem de há muito tempo e foi sendo criado”, bastando, assim, serem eles próprios, continuar o percurso e acreditar no processo construído.
“Estamos todos no mesmo barco. Preparar e refinar [a estratégia], com felicidade e alegria. Amanhã [domingo] é um dia de sorrisos. É sermos Portugal com o orgulho que temos tido até hoje. Vai ser dos jogos mais fáceis de preparar. São 16 homens fantásticos e não é preciso ‘clique’. Eles sabem”, realçou Jorge Braz, aos jornalistas.
Apesar de Portugal ter passado por três prolongamentos durante a fase a eliminar — nos ‘oitavos’, vencendo a Sérvia por 4-3, nos ‘quartos’, com a Espanha, derrotada por 4-2, e nas ‘meias’, decidida nos penáltis, frente ao Cazaquistão, por 4-3, após 2-2 no tempo extra -, e menos um dia para preparar a final, Jorge Braz vê isso como positivo.
“O desgaste emocional tem sido extremamente positivo e altamente preparador para amanhã [domingo]. Só olho para isso como vantagens. Fisicamente, vamos estar onde queria que estivesse toda a gente. Graças ao comportamento da equipa, passámos as etapas todas do percurso e estamos na última, a chegar ao cume da montanha”, disse, avisando: “Vamos dar tudo. Sabemos muito bem o que queremos levar para Portugal”.
O treinador, de 49 anos, reforçou que esta final é fruto do trabalho desenvolvido nos últimos anos, pois não existem “palestras, exercícios ou esquemas táticos milagrosos”, lembrando ainda os portugueses que têm apoiado a equipa na bancada dos pavilhões.
“Sentimo-nos em casa, é fantástico. Foram crescendo e amanhã [domingo] sei que será muito maior. Isto é Portugal. Estamos a desfrutar muito e agradecemos do fundo do coração. Amanhã cá estaremos para responder e dar-lhes alegrias”, expressou.
Num jogo entre “as duas seleções que, neste momento, merecem estar nesta final e as duas melhores do mundo para disputar este título”, Jorge Braz ressalvou que a equipa argentina “comete erros” e, como tal, a formação das ‘quinas’ tem de ser ela própria.
“Em muitas situações de jogo, vão cometendo alguns erros. Temos de ser nós próprios. Vamos querer ser Portugal, ter bola e pressionar. Não estou muito preocupado se são exímios nisto ou aquilo [a Argentina]. Foco muito em nós”, sublinhou o treinador luso.
Jorge Braz frisou não ser ator e, como tal, acrescentou, com toda a honestidade, que, na sua opinião, os portugueses são “melhores que toda a gente” e vão querer superar este último obstáculo, rumo a uma inédita e gloriosa conquista que ficaria na história.
A final do Mundial de futsal, entre Portugal e Argentina, disputa-se domingo, às 20:00 (18:00 em Lisboa), na Zalgiris Arena, em Kaunas, na Lituânia, após Brasil e Cazaquistão decidirem o terceiro e o quarto lugar do torneio, com início às 18:00 (16:00 em Lisboa).
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