“Ainda não entrámos muito bem [no trabalho de preparação do adversário], já que ainda faltam alguns dias, mas teremos tempo de o ver. Acima de tudo, acho que no futebol não existe isso de ser mais fácil, até porque a Geórgia é a anfitriã. [O duelo] não vai ter esse facilitismo. É muito importante entrar a ganhar, até para a nossa motivação. O objetivo é esse”, frisou o médio do Vitória de Guimarães, de 21 anos, em conferência de imprensa.

A formação orientada por Rui Jorge prosseguiu os trabalhos num relvado secundário do Estádio Mikheil Meskhi, em Tbilisi, capital da Geórgia, sendo que o médio Fábio Vieira, dos ingleses do Arsenal, se limitou a efetuar trabalho de ginásio pelo quarto dia seguido.

“A equipa está unida. Estamos a trabalhar juntos e a aproveitar estas semanas para criar ligações entre nós. Está a correr tudo muito bem e todos têm assimilado rápido as ideias que o ‘mister’ está a passar. No fundo, faço um balanço positivo neste momento”, notou.

Portugal começa a sua nona participação em fases finais face à Geórgia, na quarta-feira, às 20:00 locais (17:00 em Lisboa), no Estádio Boris Paichadze, em Tbilisi, na abertura do Grupo A, que ainda envolve um jogo em simultâneo entre os Países Baixos e a Bélgica.

?Finalista derrotada em 1994, 2015 e 2021, a formação das ‘quinas’ precisa de ficar numa das duas primeiras posições da ‘poule’ para aceder à fase seguinte da prova, que integra 16 participantes pela segunda edição seguida e é coorganizada por Roménia e Geórgia, país que vai receber a final, aprazada para 08 de julho, na Adjarabet Arena, em Batumi.

“É natural [a pressão em função da expectativa], mas não somos favoritos nem coisa que se pareça. Somos candidatos, pois temos estado em finais, tal como sucedeu na edição anterior. A formação portuguesa é sempre muito boa. Título? Entraremos para ganhar. O objetivo é esse, mas vamos dando os nossos passos jogo a jogo e dia a dia”, direcionou.

José Carlos ladeia o guarda-redes Celton Biai e o defesa central André Amaro no trio de jogadores dos sub-21 vinculados ao Vitória de Guimarães, o clube mais representado na convocatória, ao serviço do qual fez 19 partidas e três assistências na época de estreia.

“É normal que possa ter aquela ligação com quem já joga comigo no clube, mas isso não existe aqui. Somos mesmos muito unidos, algo que nos torna mais fortes. [A integração] Tornou-se fácil, devido aos jogadores que temos e à sua humildade e forma de ser. Tem sido assim para todos os atletas que chegam a este grupo pela primeira vez”, assinalou.

Sem passagens pelos escalões inferiores, o médio soma seis internacionalizações pelas ‘esperanças’, que começou a representar há sensivelmente um ano, numa altura em que atuava no Varzim, que descera à Liga 3 e viria a negociar a sua cedência aos minhotos.

“Não posso dizer que já sabia que ia ser assim [a ascensão na carreira]. Na verdade, foi muito rápido, mas acho que estava pronto e estou a conseguir corresponder, tanto é que ainda estou aqui. Isso é bom sinal e, aos poucos, estou a adaptar-me, a surpreender e a dar realidade do meu potencial”, vincou José Carlos, cuja cláusula de compra foi ativada pelo Vitória de Guimarães em maio junto do clube poveiro, no qual concluiu a formação.