O atleta, de origem georgiana, realizou cinco combates na categoria de -81 kg, com três vitórias e duas derrotas, a última das quais a impedi-lo, uma vez mais, de atingir o ‘bronze’, o que já tinha acontecido nos Europeus de 2018, em Telavive, Israel.
“Tenho muitos quintos [lugares], infelizmente. Custam todos, mas hoje custou-me mais porque, como me sentia, esperava acabar o dia com uma medalha. Sempre meti na cabeça que queria, pelo menos, entrar na final. Dei tudo, não houve nenhum combate em que desisti lá no meio”, expressou.
Para surpresa de todos, o judoca, que não era cabeça de série, venceu o campeão olímpico, o russo Khasan Khalmurzaev (15.º), e o campeão mundial, o israelita Sagi Muki (2.º), já depois de ter afastado, logo no início, o italiano António Esposito (29.º), mas acabou por perder nas meias-finais, com o turco Vedat Albayrak (terceiro do mundo), e, nas repescagens, diante do transalpino Christian Parlati (12.º).
“[No combate pelo ‘bronze’] Faltou-me mobilidade. Não tenho muita mobilidade na anca para conseguir fazer muito mais ataques”, revelou, acrescentando também que “tinha de pôr um pouco mais de ritmo”.
Ritmo esse que não faltou no primeiro combate e também diante do campeão do mundo, considerou, apontando que, contra Albayrak, que acabou por arrebatar a medalha de ouro, “devia ter feito a mesma coisa”, apesar de ser “mais difícil”.
“Não consegui lutar o suficiente para ganhar esta medalha. Faltou pouco. Não o deixei ganhar tão facilmente, mas tinha uma possibilidade grande de ganhar aqui uma medalha. Infelizmente, não consegui”, lamentou.
Ultrapassado o campeonato da Europa, o objetivo de Anri Egutidze cifra-se agora nos Mundiais, que decorrerão em Budapeste, na Hungria, onde aponta à presença no pódio.
“Em Kazan [no ‘grand slam’], espero um bom resultado, mas o principal é o Campeonato do Mundo. Quero muito lutar por medalhas no Mundial. Ainda não estive perto, mas este ano sinto que consigo”, assinalou.
Após dois dos três dias de prova, Portugal já conquistou três medalhas: o ‘ouro’ de Telma Monteiro, em -57 kg, e os ‘bronzes’ de João Crisóstomo, em -73 kg, e de Bárbara Timo, em -70 kg.
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