O bicampeão mundial de -100 kg, em 2019 e 2021, teve um ano particularmente difícil, com uma lesão que o fez falhar ainda em dezembro o Masters em Israel, e, novo percalço em fevereiro, com uma microrrotura muscular.
Um cenário que afastou o judoca dos tatamis e o deixou em maio fora dos Mundiais.
Já no regresso em junho, novamente em Ulan Bator, na Mongólia, o judoca voltou a ter problemas físicos e não terminou essa competição, mais de um mês antes de ser eliminado, já em agosto, no Masters de Budapeste.
Foi uma verdadeira travessia no deserto para o judoca do Sporting, até voltar hoje, em Zagreb, a mostrar a capacidade que o projetou nos últimos anos no judo, com dois títulos mundiais e uma medalha olímpica (bronze).
Isento na primeira ronda e a partir como quinto favorito (21.º do mundo em -100 kg), Jorge Fonseca venceu a sua ‘poule’ e garantiu um lugar nas meias-finais, depois de derrotar, sucessivamente, o alemão Louis Mai (47.º), o cazaque Bezkat Shagatayev (169.º) e o polaco Piotr kuczera (42.º), em 38 segundos.
Nas meias-finais, Jorge Fonseca defrontou o primeiro favorito, o neerlandês Simeon Catharina, 13.º do mundo e diante de quem o tinha uma vantagem de duas vitórias e uma derrota, que hoje aumentou para três.
Já na final, com pelo menos uma medalha garantida, o português teve um combate muito equilibrado diante do sérvio Aleksandar Kukolj (23.º), que em 2021 foi o seu adversário da final do Mundial de Budapeste.
Jorge Fonseca, que chegou a ter dois castigos, acabou por ceder na parte final, com Kukolj a pontuar com waza-ari a 43 segundos do final, não deixando grande margem de recuperação para Fonseca.
A medalha de prata de hoje, e quando o circuito já pontua a 100%, permite a Jorge Fonseca somar mais 490 pontos na sua categoria e, muito provavelmente, regressar à zona de apuramento direto para Paris2024, e quando já tinha caído para ‘quota continental’.
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