Na categoria mais pesada em femininos, Rochele Nunes repetiu em Baku uma subida ao pódio, à semelhança do que fez há duas semanas no Grand Slam de Abu Dhabi, mas na ocasião com a medalha de bronze, como terceira classificada.
Rochele começou por vencer a venezuelana Amarantha Urdaneta (44.ª) e nas meias-finais derrotou a turca Hilal Ozturk (26.ª), antes de reencontrar na final a sérvia Milica Zabic (36.ª), com quem nunca tinha perdido em quatro combates.
Desta vez, a judoca lusa acabou surpreendida ainda nos instantes iniciais, ao ser projetada para ippon nos primeiros 52 segundos dos quatro minutos regulamentares.
Com apenas 13 inscritas na competição, a judoca do Benfica, 15.ª do mundo, apresentou-se como primeira cabeça de série, estando isenta da primeira ronda e entrando diretamente para a discussão dos quartos de final.
A medalha de prata de Rochele Nunes junta-se à de Telma Monteiro, que também disputou e perdeu na final de -57 kg, mas conseguiu regressar ao pódio em grandes competições depois de recuperar de uma cirurgia ao joelho.
Em Baku, a grande desilusão aconteceu com o bicampeão mundial de -100 kg em 2019 e 2021, Jorge Fonseca (primeiro cabeça de série), que perdeu logo ao primeiro combate na capital azeri, derrotado já no ‘golden score’ pelo croata Zlatko Kumric (31.º).
Foi a primeira competição de Jorge Fonseca depois do Mundial de Tashkent, nas primeiras semanas de outubro, onde não conseguiu chegar ao ‘tri’ mundial, num ano que não tem sido fácil para o português, também eliminado nos Europeus em abril.
Ainda assim, Jorge Fonseca soma medalhas de ouro no Grand Prix de Portugal (janeiro), no Open de Praga (março) ou no Grand Slam de Antália (abril), além da medalha de prata em Ulan Bator, já em junho.
Em outras categorias hoje disputadas, Anri Egutidze (-90 kg) perdeu ao segundo combate, com o italiano Christian Parlati, que viria a conquistar uma medalha de bronze, e Patrícia Sampaio (-78 kg) perdeu logo na estreia, com a britânica Emma Reid.
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